Revista lítero - pedagógico - noticiosa da sociedade paraense de educação

' PÂGINÀ 5 ·ingênio e primeiriço, como o adjetiva– 'ria o Tialho da vila de Frades. Raimundo Morais que conheceu a su– -prema ·alegria de tr-anspôr em vida os umbrais de rosas da glória, ·esquecido ·cte ser a histór ia, lux veriatis, luz dà ver– 'dade, deixou-se enebriar por Cândido Costa e não trepidou em declarar-se po– sitivamente a, favor da rota inç.ada de -erros, paÍÍni:lliada pelo -autor de "A:; duas Amé1•icas". Deu por isso nos alfa– ques da inexatidão assegura.nd.o em tom 'dogmático que Berredo governou a sua capitania com "rara probidade", olho prós céús! é~clàmaria o pàeta português Carlos Oliveira, e "tivera ao leu alcance os mais vagos pormenores dos arquivos 'da vasta circunscrição administrada". Por não ter cónsultacÍo, ·como alhures ,provamos, as ..opulentas minas ír:forrri~– 'tivas de Espanha e Portugal, nao teria avilt-ado os seus anais, articulando fatos contra a históría, testis "témi>ºoriun, ºtes:.. temunha dos tempos, como bem a definiu 'cicero . Raimundo Morais deixa-nos marg~m :para suspeitar que não estudou como lhe cumpria, para õom desempenho de sua 'mi.ssão, os temas acerca dos auaes dis– sertou perante ~a turma de 200 âspiran.tes 'de marinha, em viagem de instrução ao norte em 1939. _ E o festejado par:ae~se era conside– rado, sem favàr, pelas altas autoridades ·.,-a mais -expressiva figura da nossa inte– ligência e a mais completa erudição sô– bre a Amazônia". (Notas sôbre o Eldo:.. :rado). Não podemos bem a nosso pezar, lou– _var as .'atitudes de Domingos Antônio !Raio!, barão de Guajeil'á, comendador Candido Cost~ e Ra 1 imundo Morais, da "Sociéte des ·Americanisetes de Pa:ris", 'cujas almas dormem, em ·paz, nesse des– canso da morte de que nos fala a poesia 'de "Os Simples" . E' um contrasenso ref-ugar docu– ·mentos, provados e afirmados, já con– ·sagrados e ace~tes de irrefragável cunho de autenticidade, _pela crítica de escri– tores acima da oraveira comum, que octr– pam os luminosos cimos inconfuhdíve!ls da h istoriografia. universal. O talento não deve abusar qe si próprio. E' fato pór ~emais conhecido que em 1962, surgiu a lume uma História do 'Pará. ·-se êsse livrinho 'ilustrado -não •tivesse sido adotado em vá1•;os estabeleciment os de ensino, onde pontifi cou o próprio au– tor, mer ecia o silêncio t umula do des– prêzo, pois é last reado de conhecimen– to a.baixo da CTítica e -na contextur a da. fraseologia, não seria uma idéia incon– venien te aconselhá-lo a servir-se das muletas protetoras do nosso Vilhena Al– ves ç,u de Garlos _Pereira, Hemetério dos San'tos, Carneiro RibeiTo, Mál'io Barret o M!aximino Maciel, Otoniel Mota, João Ri– beiro, Said Ali, Canclid-o Figueiredo, Gon– çalves Via.na, Heraclito Graça, Assis Cin- 'l'enório Albuquerque e outros vultos que enobrecem aquela "langue réverée", de quê nos fala Boileau. Os cultos devem en-sinar os incult os dizia o cônego Crolet . Esmerilhado e esquadrinhado espan– ta de quantos deslizes enxameiam todos os pontos do iprog-rania organizado pelo método confuso de Mendes Fradique. A obra, a vida, o gênio dos religiosos não ocupam a pena do homem de letr as , que os considera fora de qualquer dis– cussão, pela sua ação .apagada, inócua ... sem embargo da -opinião universalment e admitida . O longo e pormenorizado r e– lato de A Conquista espiritual da Ama– zôrua, da lavra de Artur Cés-ar Ferreira Reis nada representa. Não se leva em conta a assertiva de J . C:ipistrano de Abreu de n ão se poder escrever a história de nossa pátria S€m que antes seja escrita a dos jesu'itas. (O Brasil, suas riquezas naturais, suas in– dustriais 1907) . Respiguemos o concei– to de J. Lúcio de Azevedo : " .. . a int er– venção dos j esú4itas foi de tal ordem, que bem pode dizer-se ser a 'história da Companhia, por si só, •uma histór4la com– pleta d-a colonização" . E continua o famoso escritor -: Pelo que particularmente respe;'ta ao Grão - Par;í, a hi~tória desta terra bra._ sílica de modo nenlium se pode escrev~ sem a dos jesuítas". (O grifo é nosso) . (Os jesuítas no Grão - Pará, 1901) . M:is deixemos -o perfeitíssimo professor do liv_ro indecente (na ac~pç~o dos clás– Slcos imprestável) 'em ·iiieib à procelosa tempestade (não inventei o pleonasmo é de Camões) . ' Saibam todos quê ·Berreilo no s eu modo de exercitar o g9vêrno procedeu de maneira odiosa, movido pela sêde itre– primível, inextinguível de enriquecer. A posteridade Já lâ:\lrbu a sua sén-

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