Revista lítero - pedagógico - noticiosa da sociedade paraense de educação

PAGINA 45 -~------------- ----- ---------- com as perfeitas maquinas da técnica européia. Surgiram projetos e fundações de europeus em dimensão gigantesca. Largas represas foram constnúdas em rios. A Africa está provida de uma rêde ferroviária telegráfica e aérea e largas rodovias ligam as colônias européias na f~frica. Industrias de tôda a espécie brotam como cogumelos da terra africana, em benefício da humanidade européia. Con– ceitos de direitos europeus seus pontos de vista básicos de legalidade serviram de base para a Africa e seus habitantes. Os africanos segundo êles são tam– bém demais primitivos e não cultos, por– que êsses homens prêtos e pardos não usam sapatos e meias e não sabem co– mer com garfo e faca. Os africanos são pagãos, porque não possuem os conceitos europeus de casa– mento .e adultério e talvez não querem compreendê-los. A intercessão dos african os é que a sua tradição, seus cos tum.es e usos, sua ordem étnica e moral são enlameados, seguindo-se sómente castligos em excesso expedições punitivas. Um jovem poeta africano exprimiu •isso assim na seguinte poesia: "0 europeu matou meu pai, Meu pai era orgulhoso. O eµ:ropeu desonrou a minha mãe Minha mãe era bonita. O europeu vergou meu irmão sob o solo das ruas, Meu irmão era forte . O europeu dirigiu a mim, com voz de senhor r.uas mãos tintas, Tintas de sangue negro": "He boy, um ·rapaz, uma toalha de mão e aperltivo!" Os indígenas são somente aprovei– tados para trab-alhos braçais. Por isso êles em primeira linha "Boys", em se– guida , carrega dores que conduzem mu– do3 tôda a deslealdade e dos quais o europeu é d e opinião que a cabeça en– <'aracolada e suada pertence como co– bertura normal a uma p esada carga . Além disso, são trabalhadores em plan– tações ou minas e são .abrigados em bar– racas de fôlhas de Flândres e perdem nesta atmosfera de reclusão sua vida de famiiia e sua antiga ordem. "As mais altas" escalas são: escrivães, polícias, mot oristas, enfermeiros, professôres e afinal "pa-Stores dos negros". o preparo dêstes "mais altos colocados" se fazem em escolas, nas quais êles recebem um ensino, que se estende a ler e escreve/!' as lingua;g do.3 europeus que têm ocupa– do a terra. Da sua própria Africa êles nada chegam a saber nessas escolas. Os ordenados são conservados muito bai– xos. Um pequeno grupo crutão no vi– cariado Nyund o e m Ruanda tem uma outra mentalid, a.de. :Êle trabalha segun– do o lema: "O h omem conta e não sua côr e origem l" Agora, os africanos aprenderam a conhecer e compreender os europeus. uma grande percentagem fala e escreve línguas européiaJ.S, lê livros e jornaJs eu– ropeus e possue uma imagem da forma– ção intelectual européia. Mas entre os europeus só há u'a minoria que é capaz oe compreender o modo de pensar e a cultura do homem africano. Ainda u'.a minoria existe que tartamudeia línguas africana.s. O resto dos europeus, na Afrlca, entende-se como os indígenas numa algaravia, isto é, linguagem dli.ficil de entender. No entanto, a língp.a é a condição essencial da compreensfl,O . o mundo não é somente aberto pdr ener– gias atômicas, aviões a jato, televisão, trilhos e fios da economia mundial, mas por um novo sentimento de vida, que se apossa do mundo inteiro. A época de um poderio tirânico de mecânica e ma– terialismo segue--'Se a da penetração es– piritual . Cada povo devia despertar a necessidade de substituir a extensão da fôrça pelo aprofundamento do intelecto . Mas onde um povo domina outro, os r epresentantes do poder estarão sempre a subjuga r e menosprezar os dominados . A quase todos os europeus que vivem na Africa falta uma compreensão pro– funda dos africanos subjugados e da sua cultura. Os -europeus dominam. Isto é comôdo, mas é um êno! o modo como o europeu subordina o bem estar africano aos seus interêsses, como êle se permite injustiças não aj u– da nada para despert ar mútua compre– ensão, respeito ou at é amor . Ot3 euro– peus t êm a convicção de ter escalado o mais alto cume num gráu de des-envol-

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