Revista lítero - pedagógico - noticiosa da sociedade paraense de educação

PAGINA 37 '·'Devemos cuidaT da criança cem anos antes de ela nascer" . A formação as,im cuidada a judará educadores, mestres a encaminhá-la desde os 3 anos de Idade F!ísica ou ReaJ, isto é, l.ª Infância, em "Cl,asses Maternais", nos aspectos físúco, intelectual, moral wcial e religioso. _ Há grande diferença entre educaçao e in.strução, pois, esta dirige-se imica– men te à inteligência .enquanto que aque– la se relaciona com o homem, considera– do no seu desenvolv:imento integral. Aprecia a seguir o movimento peda– gógico nos diferentes países, .salient~do a França nas experiências pedagógicas, iniciadas por Alfred Binet, de 1857 _, 1911. Os numerosos trabalhos dêste mestre sô– bre a sugestibilidade e fadiga intelectual; a organização de laboratório de pedagogia normal, anexo à esc.ola primária, onde estudou com os seus d~cipulos os notá– veis testes de nivel intelectual; as suas memo1ias pedagógicas e livros, como "Idées modernes sur les enfants". Salienta a natureza do tr,abalho edu– cativo na formação da criança, porque o agente é a 'inteligência e a vontade do educador e êste não pode, não deve ser o empírico, porquanto desconhece "a for– mação do cristão, do cidadão, do homeI? ct.a atualidade, do servidor da hum.aru dade do produto aperfeiçoado da evolu– ção pas~ada, fins intermediários, à con– dução da criança ao seu ideal, desenvol– vendo-lhe a inteligência e o caráter. A pedagogia como ciência da educa– ção, compreende cinco partes: o educl!-– dor, os fins a criança e o jovem, ,o ;111e10 físico e social e o processos educa t~vo~. "A pedagogia do educador cnstao ensinar-lhe-á, pois, em nome de uma ciência superior, sua dependência de Deus: quer ensine verdades sublim~s o~ a prática de um ofício, quer precida a jogos ou exorte à virtude, o mestre deve dar contas de sua ação educadora ao Pedagogista supremo, Jesus Cristo, por– que assim poderá sempre contar com ~ auxílio do trabalho invisível do qual e o humilde cooperador". Recorda que "o douto Clemente de Alexandria, n a,c; catequeses que reüniu sob o título - "Pedagogo" - assim se dirige aos cristãos: "Aquiles teve por preceptor Fênix os filhos de Cresus fo– r am instruidos por Adr~ te, Alexandre por Leônict.as Filipe por Naus~tous .. . Po– rém o Deus santo Jesus, Cns to, Luz do mur{do. verbo do Pai, êste Deus todo clemência e bondade é que é o nosso mestre". . Pela lei natural, ensina a Moral C'ns-. t ã são os pais os educadores e nem o Est ado ou qualquer organização educa– tiva pode im_por sistemas educa tivos em desacôrdo com a consciência e vontade dos pais . Todo mestre cristão deve en– sinar como delegado de Cristo, da Igrej a e dos pais . Não deve poupar esforços para reproduzir em si a imagem daquele que é o Bom Mestre por excelência, l?ª r.a fazer r eviver aos olhos dos s eus dlisc1- pulos, a pessoa de Cirsto . É , assim, Alfred Binet o precursor, iniciador da maioria dos métocros em– píricos especiais à pedagogia. Na parte referente à Pedagogia 0€– ral focaliza a evolução geral dos inte– rêses, desde o "Período dos interêsses sensoriais até 16 mêses aos interêsses preponderantes da adolescência e da juventude; a evolução e dese nvolv~en– ío c,as diversas faculdades ou capacu.da– des dalma ; a evolução da i nteli gência geral, no ponto de vista concreto, co~o função pedagógico e n ão puramente p-s1- colócica. A pedagogia particular nas suas ba– ses, psicologia inaividu-al aplicada e p~i– cologia individual ,especulaúiva tamb~ se acha carinhosamente desenvolvida com citação dos estudos de Psicognóstica e a Psicotécnica segundo os trab3:lh_os dos psicólogos francêses Ribot, Foml}ee Paulhan, Mal,apert, Binet, Corne1lle, Racine e mais outros Setrn, Heymans. Ocupa-se da pedagogia do _nO:ffill;ll nos pont os de vista da Psi_cog~a~ia rndl– vidual, aptidões, t ipos ps1colog1Eos, ca – ráteres, profissionais, coeducaça<_> e a pedagogia pa rticula r dos a.normais . O escolar men talmen te anormal, por anomalias maiores, menores, n:iau a~u– no ret-3.rdados, i:nstáveis, tipo misto, t1p0 co~ t endência à histeria, à psicastenia, anoJ·mais inadaptáveis ao regiro~ -~sc<;>– lar, com retardados pela insuflc1en~1a ou incoordenação de suas faculdades rn– telectuais . "A afirmação d.a vontade ~ êsse qu~– rer eterno que a inteligênci~ n ao sofrer~~ e aue domina em geral a wda humana . Arthur Schopenhauer . "A falta que os homens sentem de excitações intelectuais elevadas, de um Jdeal de consolação instan tânea e mes– mo da proteção qui~érica tão pode:osa quão misteriosa em todas as necessida– des - não é fingicl:a n em mentirosa, pel~ contirário, é verdadeira e indelével". Max Nordau.

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