Revista lítero - pedagógico - noticiosa da sociedade paraense de educação
16 PAGINA Foi pelos idos de 1921 que conhece– mos o Prof . Antônio Aug~to Carva lho Brasil, quando nós, estudan tes de huma .!nidades, pert enciamos ao curso do Prof . Augusto Serra no velho casarão do Lar– go da Trindade . O Prof. Brasil nessa época era um moço efbelto, bem pôs.to, com "cabeleira de poeta" e "grav a tinha borboleta" que à sua elegância e distin– çã o aliava profundo conhedimen to de sua matéria, o que desde logo conquistou t ôda a turma, formada t alvez com uma única exceção, de r apaziada estudiosa e 2vida de saber . Apenas com dois ou t rês meses de aulas êle para nós já n ão era mais o Prof . Antônio Augusto Carva lho Bra– sil t ransforma ra -se no Mimo Brasil que tomara con ta da afetividade de todos n ós . Os dois an os em que nos deu mlllito do que sabia cimentaram verdadeira amizade e quando ,apa reciamos pa ra en– frentar às bancas de exames n o "Ginásio Pais de Carvalho" (como era exigido en– t ão), lá estava êle pa ra com sua pre– sença est imular e dar confianç a aos feus rapazes numa ret ribuição generosa pelo muito que lhe queriamas . Mais tarde, quando ingressamos no m agistério e com êle ombreamos no G . P . C., êle disse em plena Congrega– ção", que pertenceramos a uma grande t urma, a melhor turma de sua m.ocidla– dade e, portanto, poderia.mos con fiantes enfrentar a cátedra de que eramos au– xiliar" . Sim, pertencer.amos a sua gran d~ t urma que era grande, porque maior a inda ara o nosso querido professor . Seu concurrso pa ra a cátedra do G . P . C. valeu por uma consagração e seus alunos de outros tempos como nós ~ os de ent~o ?0mpareceram, '"em pêso", as provas publl~as, para assistir às lições que marcara~n esse concurso excepcional, como uma singular exposição de talento e de cultura. !'.'elos anos a fora, no G . P . e., n o "Colegrio Progresso Pa raense" e outros c?ntinuou n_uma generosida de perdulá– n'.l a espargir dadivosamen te os t esouros do seu sa_be~ que eram tão grandes como su~ mode~t1a, modéstia que conservou ate seus ultimos d.ias. Profundamen t e religioso era daque– les par-a quem os ensinamentos do Cristo permaneciam vívidos e os seguia devota– damente . Conosco e o Prof. Licio Solheiro êle man teve duran te os muitos anos de "Gi– nas10 Pais de Carvalho" uma estreita amizade e por nós eram conhecidos bem ae perto os remigios sutis, em que sua alma se alcandorava a regiões ·ra ramen– te .alcançadas pelos .simples mortais .. . Alquebrado pelos anos recolheu-se ao sant uário de seu lar de onde sua alma bonissim-a alçou-se às r egiões de bema– venturan ça onde hoje certamen te está. Homenageando êsse professor de escol n a "Página da Saudade" reveren– ciamos o mestre insígne que deixou na sua passagem ent re nós, traços tão lu– minosos de saber, que são como uma es– cada de luz aberta para o Infinito . . . M. P . V. 4/5/63 . "JESUS CRISTO NAO OONDENOU NUNCA SEM OUVIR". "JESUS CRISTO, REDENTOR DE TODOS" "Jesus Cristo vem dizer aos homens ,,ue êles não têm outros inimigos senã o êles mesmos; que são suas paixões que os ..-epar-am de Deus ; que êle vem para destruí-las e para dar-lhes sua graça, a fim de fazer com todos êles uma Igreja santa; que vem reconduzir ,a essa Igrej a os pagãos e os judeus; que vem destruir o:, 'idolos de uns e a superstição de ou– tiros . A isso se opõem t odos os homens, e não apenas pela oposição natural da concupiscência; mas, a cima de to?-os, os r ei , da terra se unem para abollr essa religião nascente, como fôra predit o" . "J esus Cristo sem bens e sem qual– quer :,rodução fo~a da ciê~cia~ e~tá na sua ordem de santidade . Na.o fez mven– cão n ão reinou · mas foi humilde, paci– én~ sant o santo em Deus, terrivel para os d~môn ids, sem nenhum pecado". PÉTALAS CAIDAS . . . Que linda estava a minha saudade!.. No roxo aveludado da sua expressiva corola , retrat ava-se o sen tim~n_to inato indizível, intraduzivel e inexplicavel qua– se que é "o doloroso pun gir de acerbo espinho" no "doce encargo" que o cora - \
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