Revista lítero - pedagógico - noticiosa da sociedade paraense de educação
PAGINA 15 --------------- _____________ _::.::.__ olha r, das t ua s palavras, Dos teus gestos in t ensos de energia decisiva . Aqueles anos da minha infância e dia minha juventude quando te vi com a coragem da fé que só as mães rnbem ter, ensinar-me a não desesperar e a caminha r, sagrado eva ngelho do melhor exemplo a que devo a tranquilidade da minhalma na espera da justiça infálivel de Deus! Agora o t eu sD'l'riso era como o luar rla<, madrugada.~, Farrapos muito claros fala ndo do infinito, mas tocados De uma frialdade que mist eriosamente vai fundo à sensibilidade e aperta, aperta com mão de ferro a coisa intima que somo,:, nós nas horas mais amargas dos dias inelutáveis Foi a última do dia das mães que nos pudeEte dar. Porque três dias depois a mo:rte impiedosa te fechou os olhos para o sono eterno e acompanhei teu corpo, em cujo colo estivera pequenino a beber da tua p resença a saudade que hoje tenho da tua a.mência, mãe, para recordar e querer dizer-te o muito que te devia dizer . · Mas qual! Penso nas mães que en– chem os lares de j úbilo san to e jm,to festeJado no mundo ; penso nos filhos contentes a beij a r a front e as mãos da. m~e queridia; ·penso em ti q~ando eu ' era cn a~ça e brincava perto do teu olha r confiant e n a tua prot eção e espero que v~nha ao pens.amento uma só frase, urna so. e_m que diga êste amor que ardente crepi.ta na minhalma embora o gêlo do deserto ambiente onde não estás . Ma~ a frase não vem, a fraise que eu quen~ e a mim mesmo pedia, parai e. celebraçaç do meu afeto às mães no dia da minha mãe do afeto a minha mãe no dia da~ mães . Ah! entendo . É que o santo amo11 de mãe se não diz numa frase nem num livro nem em todos os livros do universo escrito ou por escrever, pois êsse amor cabe só numa palavra, que .a gente diz com o mistério do coração, baixinho, a tremer nos lábios : - mamãe! . .. Alvairo Paz PÁGINA DA SAUDADE EVOCAÇÃO "Os vivos esquecidos estão mortos: mas os mortos evocados estão vivos". Enquanto h ouver sôbre a Tet'-'Ta um coração que pulse por nós, recordando e amando o nosso nome, ou perdure .a me– mória do que realizamos de belo e no– bre, pela inteligência e pela ternura, a li estaremos sempre presentes, ressura-etos na sugestão pr estigiosa da Saudade, cujo poder evocativo reanima e galvaniza os mortos, t ransfundindo nêles as emana– ções da noss-':I. vida . Tenhamos sempre presen tes aquêle& que tombaram, levando nos olhos vítreos o espetáculo do mundo, em cuja iina– gem panor âmica lá eét amos nós, t ambém, perpetuados n a última visão que os fina– dos levam para os sepulcros, na fixidez do der radeiro pensamen to que se voltou para nós . Nosws extintos confr ades, aquêles que se irman aram conosco n a comunhão do trabalho, devem ser psrenemente evo– cados; e essa r ememoração, ungida de condolência, será o t r ibuto póstumo que a nossa gra tidão lhes paga, assim reco– nhecendo o crédito com que se habilita– ram ao direit o de não ser em esquecidos . "PAGINA" guarda , m delével, a me – mória de Paulo Eleutério Sénior, J oão Pereira de Casuro, Crispina Müller, Bran– co da Costa e Maria Valmont, a utênticos "Caminheiros da Luz" na abnegada m~~ são do Magistério, e consagra com a present e mensagem os seus n omes inol– vidáveis, em tôrno dos quais n ã o se apa– gará, nunca, o círio votiivo desta Evoca– ção, n em fenecerão, j amais as pétalas violáceas da nossa Saudade . Prof. Antônio Augusto Carvalho Brasil
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