Revista lítero - pedagógico - noticiosa da sociedade paraense de educação
12 PAGINA S"""...."""""""""""""""""""""""I ! Página Religiosa i 1""""""""~" ~""""""""w; A HORA QUE M:E ENSINOU A F.SCUTAR PADRE CAETANO VASCONCELOS Era rica. sua. vida; era doada, quase dispersa entre muitos; como fonte da mata, sem horário, nem medida de dar água; fonte que vive dando de si; reali– za seu nome doando linfa, matando sêde, distribuindo alegria e vida . Tudo isto era su,a. vida, era vida em você. No meio dos defeitos que tllnha (ia dizendo: que tinha direito de ter, como todo ser humano), notava-se um, mais n otado, mais ofensivo e afastador ,falava dem.aJis, falava muito contra, destruia deitava por terra. Foi nesta altura que lhe veio a dor, com seu punhal sem pie dade, sem horário quase sem sentido nen– hum. Sua retirada ao hospital o silên– cio forçado que o rodeou, que o isolou de todos nós, muito lhe serviram de da– tas de reflexão. Passou-se a limpo mui– to caderno atrasado. Fixou-se muita coisa boa . O crivo interior da sua men– te fêz triagem exigente e ficou com uma coleção seleta de verdades e de critérios . Gostei dos lucros que teve, dos quilates rme vieram à sua alma . Minha. fé e, an– tes dela, minha razão me dizem e me garantem que nada, neste mundo, nos chega sem mensagem e sem proveito . Parabéns pela promoção da pessoa. Minhas embora, porém, mais senti– das e mais felizes são porque aprendeu a arte maga de escutar. Ganhou um in– crivel suplemento de bondade e de sa- bed01fa. Doutorou-se para ensinar ~eus irmãos. E' que há sempre muita coisa depositada no fundo das almas que ne– cessita subir sair, entrar em almas a lheias, bater à porta da almas irmãs. Riquezas inexploradas que, como águas paradas, viram veneno e morte sem a circulação da corrente, sem a técnica da açudagem, sem o aproveitamento da cascata . Nenhum testemunho de amor, maior do que ter tempo de escuta,_- OIS homens; ter tempo de ver e de ouvir chorar os olhos e os corações dos ho– mens. Nos dias de hoje tudo é afobada correria; ninguém tem tempo para nin– guém. Se todos falam ao mesmo tempo, não sobra tempo para ruinguém pa ra es– cutar fala de ninguém. Eis porque sua promoção me faz tanta espécie e tam-:1.– nha alegria me deu ao coração . Porque sairá desta casa branca para os negros ambientes em que vivemos, de que mor– remos, para nos eni.sinar como a elo– quência muda do seu exemplo, quanta caridade mo!"a na pausa com que nos ca– lamos dando a nosso irmão uma coita– da vez de falar. Juro que s ua descoberta lhe foi ri– que_za interior. Juro que, aproximando-se assun do3 homens, chegou mais perto de l Jcus, pois que só nós vamos aos h/Jmens a mando e wgestão divinos, mormente com tais quilates internos e tais filigra– nas de Intenções . Parabéns, pois, tam- -e:n pelos passos que o aproximaram da ca,ca do Pai. "POR OUf nCRfDITO fM orns ?" "il Coragem Me Vem Da Crença ,, "Se o bachground familiar é algo _que se deve ter em conta, pode dizer-se que eu fui educado sob forte influência '<ia Igreja. Até à idade dos 18 e.nos cresci no coração da Escócia onde, creio, pode di- INNES IRELAND zer-se que o doIIlJingo é tratado com muito mais respeito do que nas outras regiões da Inglaterra. Meu avô paterno era ministro con– gr,egacional e legou a papai muito dos seus ideais e amor à Igreja.
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