Revista da Sociedade de Estudos Paraense, Seculo XVII, t.2 fasc. 3 , 4, ex. 3

• 1 ' 209 como os cabos ou ponlas as mais notaveis, e as ilhas distanles da lcrrn firme. A pororoca não dá sómente nos rios; nas praias ex tensas de declive suave. si a maré tiver grande amplitude, ella tambem se mostra em loda a sua tenivel magesladc. Dous pontos do globo !:ião afamados peias suas pororocas enormes em praias: na praia de S. Miguel (plage de Saint-Michel) na cosla norte da França ç nas costas do cabo do Norte do continente Sul-americano. . Quando um rio, depois de um baixo, torna-se profundo ad- 111onlc, o fluxo age sem o phenomeno ruidoso, e· só reapparece, cfuando o rio apresenta outra secção rasa; a pororoca mergulha eumo se diz no l'io Capini, isto é, as aguas não sendo mais retarda– das, encontrando largo espaço parn sua marcha, na.o formam · os rolos que a caracterisam. Os effeitos da pororoca são desastrosos: a força d'aqqella massa d'agua em movimento é espantosa, grossas arvores arrancadas das margens, são levadas pela onda rebentante que tudo vae assober– bando, esses troncos fazendo oflicio de arietes levam a ruina a tudo o que encontram. _ · Qualquer embarcação encalhada, colhida pela pornroca vio– lenla 6 fciia em pcdnçvs; feliz sua tripolução quando escapa co111 vida.

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