Revista da Sociedade de Estudos Paraense, Seculo XVII, t.2 fasc. 3 , 4, ex. 3
.. ] 86 preparnu-se logo pal'a r.on li nua r · O seu regl'esso ao Pará. i\fais de mil legnns es lnva elle aintln. disl:rn tc rla ro lon ia clf' Hl' lém. l) e,-,re n– tlo o Napo e rlepo is o Amnzon as , nav0g-á ra se1np1·c afaslarlo rt,~ lr rra , corn rere io rlos selrngens que li ab il avmn nn 111a i-gcm <los ri os e nas ill ins por onrle passá i-:t. Dese111bn1·raya nn;:; nl.cl cias sómente · po r nec:essid ade u rgente rl e ohlt•r pro vi sões e noticias sob1·e ns lo- cnli clacles que lh e intf'l•0ssavam conh rcer. ' ~a sua longa Yi agem Yi ra nume rosas lribns de coslu rncs Yn rios . nmas pacifi cri s e ncccssiveis, ou lrns turbulen tas e :111l rnpop l1 ngas, com mnlh cres e l1 onwns nús, r alH'çns arhalncl ns, rnslos pintados e clis f'o1·mes, orelh as e lnbi os furn tl os, lrazenrl o 1wnd enl Ps dos h1m1- 1:os, in órrn enle dos na l'izes qnc lambem e1·am rl es fig nraclos, pc(ll'as preciosas P palh etas de oiro e pra ia, romo torn os de pn n lavrarlo e penn::ts el e cli vcrsas cores. 1Üraves::á ra a fo z de mu itos dos r a rnlalosos lrib ula ri os el o grande r io, sen do alguns aur ifl' ros, qunsi todos enriquec idos tle crysta es, r.om matas tlc fi ni ss inrns madeiras, cnlrcrn iadns de hn11- nithns, tl e gomrn ns c res inns arnrnali cas, de endo, de snlsn, canna– fi slu las e tantas oulras drogas tle valor,-com fc1·teis camp inas pnrn pastagem, com terras uhcni rnas pnra cull urn rl n can na, tl o nlgocl :~10, el o milh o, tlo an oz e nlé do tr igo. ObsPr vá ra com admiraçüo os frn ctos agres les, o,: pescados el as pra ins, as caça, e n,·es el os hos– qu cs. O ch rnnist-a clesla \'i agf' tn acet'l'SCr. nla qne os soldatl os, no d H' – ga r a cxpcd içrio ao Ri o-)legrn em 12 tl e Outub ro de rn:rn, jnlgnncl o- <le El - Rei Fclippe I V, nosso Senhor, tomou posse pela Corôa de Portugal do dilo sit io e mais terras, rios, 11avcgaçi,es e commercios, tomando terras nas m:'.los, lançando-as ao ar e dizendo em altas vozes:-Que tomava posse dessas terras e do sitio em no1ne de El- Rei Felippe l V; nosso Se!)hor, pela Corôa de Portugal. Se havia quem á dila posse contradissesse ou tivesse embargos que lhe pôr, ahi eslava o escrivão da jornada e desco– brimento que lhos receberia; porquanto ali vinham Religiosos dn Companhia de Jesus por ord em da Real ,\ udiencia de l,1lllto, e porque eram terras remotas e povoadas de muitos índios, não hcuve por elles nem por out rem quem lhe contrad issesse a dita posse: ...:...pelo que cu Escrivão tomei terra nas m,,os e a dei na mào do capit,LO-mór, e em nome de El- Rei Feli ppe rv, nosso Senhor, o houve po1 mettido e in vestido na dita posse pela Corôa de Portugal do sitio, terras, rios! navegações e commercios referidos, ao quul sitio püz o capitão- mór por nome a Fr111u1sca11a, do que ludo eu Escriv:'.lo fiz este nulo de posse c1ue elle assignou. Testemunhas 'JUe presentes fo ram-o coronel Bento Rodri– gnes de Oliveira,-o sargento-rnór Feli ppe de Mallos Colrin,-o capitão l'edro da Costa l•avella,- o capitão Pedro Bayão de Abreu,- o alferes Fernão Mendes Gago,-o alferes Barlholomeu Dias de Matlos,-o alferes Antonio Comes de Oliveira,-o ajndanlc Mau– rício de Aliarte,- o sargento f)iogo Rodrigues,--o almoxarife de Sua Magestade :i\lannel de Mattos de Oliveira,-o sargento Domingos Gonçalves,-o capitão Domingos Pirfs da Cosia, os qnaos lodos aqui lambem assignaram: e eu João Gomes de Andrade, Es~rivi'Lo da jornada o escrevi. • ..
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