Revista da Sociedade de Estudos Paraense, Seculo XVII, t.2 fasc. 3 , 4, ex. 3
1i6 e outro á margem direita do Oyapot:, apressou-se em nomea r em Julho de 1840 por comrnissal'ios o doulo1· Bernardo de Souza Franco e os generaes Manoel da Costa Pinto e Jacintho de Senna Pereira, afim de darem começo aos trnbalhos da de111a1·caçilo de accordo com os cornmi,ssarios da França, os quaes nnn ca fo ram nomeado s, sob o pretexto de que taes co rnmi ssari os se riam inuleis e improfi– cuos, quando os dois goYerno · litigantes uf°Lo se ti vessem antes de t udo entendido sobre a interpretação <lo :nli go oita, o el o tratatl o <l e Utrecht, determinando por uma negociaç:lo prévia a base da demarcnçüo ! E' de crêr no palri0lis rn o dos nos.sos esladislas que lêm inter– vindo nes ta ques lão. Naturalmente no intuito ele tenninal-a sem mais delongas , o governo brazil ciro accecleu á scmelhanle alvitre, çlando logo poderes ao seu pl enipolenc:i ario cm Pal'is para tratar ela 11egociaçüo proposta e acceita. :i\Ias seus esforços fo ram baldados <lca nle das exigencias da F rança que, arrnslacla po1· ambi ção des – marcada, não qui z entmr em nenhum accôrdo rasoavel. E as, im pcl'mane~eu a ques tão até o anno de 1853, em que por provocação da França reataram-se a3 con fc l'encias inte1-ron1- pidas desde 184-1. O illuslre visconde de Uruguay foi o pleni()oten– ria1·io escol h ido para defe nder os nossos direitos, e ainda cl 0 sta yez u F rança nã.o cede u ele suas antigas pretenções ! Nem o Cassypure, nem o Counan i, nem o Ca lçoene lhe convieram para divisa ele sua Guyana ! fw perdera a mira do Araguary ! O Amazonas foi sem- t·e o cu sonho doirado (1 ). O governo brasileiro nú.o podia se r rnais generoso elo que o foi: cedia-lh e até os trez primeiros dos refe ridos r ios para obter o termo final da questão; mas nem ass im consegui a sati s fa zcl- a ! Os gove rn ado res de Cayena não t êm deix ado de con correr para scmelhan le es tado de coisns, dando ao governo francez infol'– mações que nem sempre sn.o yenladciras . fLO ha muilo, qne se disse sc rrm alguns alé inlcl'essado: nas es pecul açõe: que se fazem 1ia:,; regiões contestadas, emprega11do ell es a força armada em pro– '" ito dos seus interesses parlicul ares, t: l'iando monopoli os odi o ·os contra os di reitos tanlo dos francezes como dos brazil eiros. He nri Co ucleenu, comnii ssario do governo francez t1m Caye na dmanle doze a nnos, a inda ha pou co declarou se r corre11le-que os amigos <lo acl ual gove rnador Charveiu eram pessoalmente interes– sados nas jazidas de oiro ali existentes, tendo-as Casey, age nte do (1) Souza Pinto Dir. /11t~n1. tom. t , pags. 194 e segs. trata d'e te e outros inci– dente~ da questão. J •
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