Revista da Sociedade de Estudos Paraense, Seculo XVII, t.2 fasc. 3 , 4, ex. 3
,, • • 1-!7 III L uiz do ·R ego, seu governo e retirada. pam o J1Icircmhcio.-De8o'l'dens no sm 1·egresso ao P ai·á.-Anton io de Albuqnu que -intfrnàdo pela camara, municipal pm·a não lhe entregm· a capitanfri .-E' 1·ein– tegrado dez mezes clepois.-Nova visita do 901:erna{101· geral ao Pará.-Doença e morte d'este em Cametá.-Eleiçào no ] faranhão de Jacome deN01·011ha para s1.1,ccedel-o.-E' reconhecido no Parâ càntn1, a opin ião do capitão-m61·.-E' este substitwido po1· Fran- • cisco ele A zt vedo e chamado pm·a o .flf aranluio.-Consiclerarões. Principiára o anno de 1633 com o governo de Luiz do Rego Barros, que h·avia succedido á hcorne de Noronha. Nomeado ca- itão-mór do Pará, tinha elle tomado posse do ca rgo em Junho anterior, com geral contentamento dos moradores. Mas na.o haviam decorrido seis mezes, e j á quasi ninguef\l olhava-o de bôa feição. Imprudente e pouco criterioso, nem sempre pesava as cohsequen– cias fatae s dos seus ados. Dominava-o a vaidade qúe lhe exaltava o amor proprio e frequ entes vezes o arras tava á desva ri os. Em breve vi u cresce t· o numero dos seus desaffeiçoml os e inimigos. Os particlarios que o apoiavam, não ousavam mais de– fe ndei-o; relrnhiam-se deanle da indignação popular. Receioso tl e qualquer manifestação hos til que o expozess"l á vingançtts parlicu– lares, retit'ou-se precipitadamente para o Maranhão, a pr etexto de moles lia que exigia mudança de clima-:- Qui z ent.regar o governo da capitania á Eeli ciano -d'e Ça rvalho, e o nomeou seu substituto antes de parti1:. Mas es te, chegando de Cametá dois dias depois, declarnu nãü poder acceitar a incum~en– cia. Entreta nto de accôrrlo com os principaes interessados na ma – nutençao da ordem pública, conseO'uio que o -seu tio Antonio de Albuquerque tomasse conta do cargo durante a auze? cia do_ capi– tão-mór. Demorou-se es te muitos I iezes em Sa. o Lrnz e mms tem– po se demoraria, se o governador não lhe despertasse o sentimento do dever, aconselhando-o a reass umir o cargo sem mais delongi1.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0