Revista da Sociedade de Estudos Paraense, Seculo XVII, t.2 fasc. 3 , 4, ex. 3

142 r es . E já preparava-se pat·a prnseguie nas s uas ope ràções b elli cas, q uando eecebeu .um aviso de Feliciano de Ca rvalho di spensando -o da commissão e fazendo-o recolher á colonia por ordem do go ve r– nador. Francisco de Carmlho deixava- se dominar do sentimento na– tural de ajudar o filho na carreira espinhosa da vida., e não escas– seava me-ios de dar-lhe posiç0es em que podesse di stinguir-se e conquis la r Tenome. Foi por isso que o incumbia de suJ)sl.ituir o chefe 11::t ex pedi ção , cmquanto nomeava o seu primo Luiz de Ba r– ros co rrunandant~ de outra expedi ção que, partindo do Maranhão, se dirigiria ao Cabo do orle, paea obse rva r os a-v<:! nlureiros cm lodos os se us movimentos, e afas tai-os dos selvagens com quem enlrclinh:un re lações mai s ou menos des favoraveis aos portu– gu czes . F eli ciano de Carvalho achava-s e em Belém desde o mez de Março, e ao ler a n o ti cia da derrota dos inglezes, começou logo a aclirnr os preparativos de s ua purtida para o Amazonas , mandan– do sem perda de tempo refor ça r a guarni ção do pres idio de Gurn– p::í , eomman da cl a por Favcll a que lá a inda permanecia. Em Julho d r 1632 sahira dú co loni a com direcçM ao Tocantins . Nas aldeias que dcrn oravam n \,ste ri o e nos seus a fflu entes conseguiu consi– dcravcl aux ili o ele gente e pr ov isões. Cinco mil i.nd ios com duzentos soldados compunham a sua força, inc luindo o contingente vindo do Maranhão. Embarcaram todos cm cen to e v in te sele canôas,-dil-o Ee rreclo (1). Parece– nos h ave r exagcraçito nes te computo de índi os . Entretanto , n ão le– mos prova c 111 con trario para contes tai-o com vantagem. E seja corno fô r, é mais uma confirmação de que os eu ropeus arras tavam os incl ige nas a té ás guerras de conquis las lerrilori aes, nas quaes não tinham o mínimo inter esse, con fo rme já o declaramos e os factos se cncarrcga rrw de dem0n stral-o. Feli ciano de Carvalho em seu lraj ec to procurou é ba léu os ingahibets, selvagens que habitavam em va rias ilhas da foz do Ama– zonas . Escaparam sómente os que se evadiram para um novo forte á que davam o nome de Cnmciú, levantado pelos inglczes entre_ as ruínas elos fo r tes de T orr0go e Fe lipp e, ambos já demolidos. Os novos invasores hav iam conseguido a alliança d' esses selvage ns, e convinha aos por luguezes des troçai-os para evila r que aquelles se podessem aprove itar do seu a ux ilio. Feliciano de Carvalho n ão h esitou em dar logo combate á es le ltl n erredo- // 11. 1/ist. n. 6 12. • ff

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