Revista da Sociedade de Estudos Paraense, Seculo XVII, t.2 fasc. 3 , 4, ex. 3

indios, como prej udicial á calechese. Regularisou os serv iços da capitania da melhor fórma que pude, e regressou ao Maranhão em Outubro de 1627, persuadido de que seriam fielmente cumpridas as suas ordens e recommendações. . Não succedeu porém assim. Em novembro, um rn ez depois de sua retirada, o capitão-mór fez logo seguir uma exped ição para o rio Pacajá, afflu ente do Tocantins, com o fim ostens ivo de resta– b elecer a obediencia dos índios que se haviam revoltado , quando a verdade era trazei- os para a colon ia sob qualquer pretexto, ou F ernandes que o escre·vi . Pero T eixeira- Antonio Saraiva Soares- Gregorio Pereira– João Nunes Fragoso- Aires de Sousa Chi xorro• - Bernardo Pereira Serrão-Antonio de Oliveira-Francisco Guedes Aranha. A uto de aviventarão dos 111arcc-s da dila legua, j>roretlido ein 20 de agosto de I 703 :– Aos vinte dias do mez de ago~to ele mil setecentos e trez, n'esta cidade de Belém do Pará, pelo procurador da Fazenda Real, Pedro Mendes Thomaz, e mais ofliciaes e Pes– soas abaixo declaradas, foi medida e demarcada a legoa de terra que pertence ao Conse– lho, cuja demarcação se fez na fórma ai.,aixo declarada, por estarem extinctos os marcos que antigamente se tinhão posto e clividião a dita legoa ele terra, por lhe ser requerida a dita demarcação pelo Procurador do Conselho, José da Costa e Souza, em virtude da Portaria do General d'este Estado , D. Manoel Raulim de Moura, cujo theor é o seguinte: Visto o justo requerimento dos supplicantes, e attendendo a posse em questão das ca– maras m•micipaés d'este Estado, e de terem elles uma legua de baldios e haverem dado conta á Sua .Magestade d'este partic~lar, o provedor da Fazenda Real os conserve na posse em que se ncliam emquanto o dito Senhor o não determinar. Belém, dois de no– vemLro de mil setecentos e dois. Rubrica do General.-Em cumprimento da qual o dito provedor novamente fez a dita demarcação, e sendo em o dito dia, mez e anno, eu, es– crivão da Fazenda ao deante nomeado com o dito provedor e demarcador das terras d'esta capitania, João Ribeiro Couto com uma ampulheta de meia hora, e na fórma do estilo. parti mos d'esta cidade pela terra dentro, e pela estrada Real que d'ella vae para o engenho do Uti11g a ("), e sendo moídas du_as ampulhetas requereu o procurador José da Costa , que justamente veio á dita demarcação, se pozesse o marco aonde findava a dita leb'ua de terra, e sendo lida a carta de data e posse que d'ella tinha o provedor, e a por– taria do general d'este Estado, pelo escrivão da Camara Jacob Corrêa de Miranda, pe• rante as testemunhas que presentes se achavam-José da Veiga de Carvalho, o ajudante Francisco Rodrigues da Silva e Theodoreto Soares Pereira, mandou o dito provedor pôr os marcos no mesmo Jogar, aonde algumas das testemunh as disseram que tinha estado o antigo , por ouvirem dizer assim á varias pessôas antigas e verdadeiramente fi ndar no dito Jogar a dita legua, o qual se poz na estnda Real que vae para o Utingn, indo d'esta cidade á mão esquerda, de Pau de girau e com o titulo que di z-Rey .-E outro sim na mésma se demarcou e medio a mesma legua ele terra á heira•mar, por éanôa e com a dita ampulhe'.a, começando do porto d'esta cidade pelo rio acima, á mão esquerda e indo sempre á beira-mar da banda d'esta cidade, se achou find ar a legua de terra onde está o marco do enger.ho do Utinga, aci ma do Jgaragé de Tw u11dt1ba (""*), defronte da boc- (*) Utinga ou mais certo- êtinga- é palavra tupi, composta de-e- agua, e-ting a - branca. • . (-) Tucuncluha.é ta_mbem pal1:1vra tupi, composta de tucun, especie de palmeira assim chamada, e duba, aJuotamento ou reunião. 1 ~ 1 '

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