Revista da Sociedade de Estudos Paraense, Seculo XVII, t.2 fasc. 3 , 4, ex. 3

I .. 133 quando as julgava fundadas e sem detrimento da causa publi ca . Em nada alterou as administ.rações das aldeias: conservou-as taes e quaes erarn; sómente prohibiu a creação de outras a lém das exis– tentes. Concedeu á camara muni cipal a. legua patrimonia l de terras que lhe requerera o conselho da mesma (1 ). Vedou o resga te de (1) parta de doação e sesmaria da !eguapdtrilllonia! coucedufa ,z c,;111ar,, 11ut1ti– cip.t! de Belém em r de srtelllbro de r 627:-Francisco CoelQP de Carvalho, do Conselho de Sua Magestade, Familiar do Sánlo Officio nos rein::>s de Portugal, seu Governador e Capitão-General no Estado do Maranhão. Faço saber aos que esta minha Carta de doação e sesmaria virem que, havendo respeito ao que na petição atraz escripta dizem os' officiaes da Camara d'esta Cidade, e vistas as causas que allegam, hei por bem e serviço de sua Magestade e pelos poderes que d'elle tenho, dar e doar d'este dia para todo sempre , por carta rle doação e sesmaria , á dita Camara d'esta Cidade uma legua de terra ao red~r d'est~ Cidade, e todas as datas que dentro da dita legua esti verem dadas e o seJam adiante, para que fique a à ita legua de terra livre e isenta para o Conselho com todàs as suas aguas, lenhas, madeiras, serventias e pastos que na dita legua de terra houver, da qual não pagarão pensão, nem tributo algum, salvo dizimo a Deus Nosso Senhor dos fructos que d'ella houverem, em esta minha Carta de doação e sesmaria que mando se cumpra e guarde inteiramente como n'ella e em meu despa• cho se co~tém. E mando aos officiaes a que pertencer deem a posse e de!11ar– quem a dita legua de terra á Camara d'esta Cidade ou a riuem seu poder tiver, para que a logrem e possuam a.dita Camara e seus successores, e para que d'ella e em ella façam o que lhe bem aprouver e estiver como coba sua proprla, que de hoje para sempre he, e esta se registrará nos Livros dos Registros d'ella para que em todo o t~mpo conste em como está feita esta mercê á elita Camara desta Cidade. Dada n'esta Cidade de Belém ;ob meu signal e sinete de minhas armas, em o primeiro de setembro de mil seiscentos e vinte e sete annos. E eu Theo_doro Teixeira, escrivão das datas e demarca– ções elas terras d'esta conquista que o escrevi.- Governador, Francisco Coelho de Car– valho. F ica registrada nos Livros dos registros d'esta Camara á folhas trinta e tres até trinta e quatro. Registrada á folhas cento sessenta e uma do Li vro nono que serve n'esta Secretaria de Estado de data~ e sesmarias. Pará, seis de novembro de mil setecentos quarenta e seis.-Mathias Paes de Albuquerque. A uto de fosse da mesma legua , procediJo em 29 de março de r628:- Anno do ~ as– cimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil seiscêntos e vinte e oito annos aos vmte e nove dia~ do mez de março da dita era, junta a Camara desta Cidade, fomos á Campina d'ella, e sendo lá pelo Vereador mais velho Gregorio Pereira por não estar o p rocura~or do CoRselho presente, foi requerido á mim tabellião e ao meirinho Antonio Sararva Soares, que por virtude de uma carta do Governador d'este Estado em que fez mercê á dita Camara em nome de Sua Magestade de uma legua de terra para baldi?s d'ella, da qual me constou. por fé do Escrivão da Camara ,,ue presente estava como dito. he, pelo dito ,Vereador mais velho nos foi requerido lhe dessemos posse em virtude da . dita C:irta da dita legua .de terra, e logo o dito meirinho e eu Tabellião investimos aos ditos offic1aes da Camara na dita posse da dita legua de terra, metendo na mão de cada qual dos ditos officiaes terra e ramos da dita terra e lançando-a para o ar, e o dito meirin~o por tres vezes ~pregoou em voz alta se havia alguma pessoa que á dita posse da_ d ita legua de terra v1ess~ com alguns emb:1rg0,, e visto não haver pesso:i alguma que v1es~e com ~m– bargos á dita posse, e não haver á ella contradição alguma, houvemos aos ditos officiaes por metidos na dita posse e investidos n'ella;.e de como assim tomaram a dita posse, as– signarão aqui todos e o Ouvidor Pero Teixeira por mandado ele quem fiz este auto e assignou o dito rqeirinho Alcaide d'es\a Cidade que presente esll\va. E eu Francisq.1

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