Revista da Sociedade de Estudos Paraense, Seculo XVII, t.2 fasc. 3 , 4, ex. 3

i ·QUADRO -DAVIDA PARAENSE NO SECULO XVII ( CONCLU!ÃO ) Para obter e renovar es te elemenlo indispensavel á viela da colonia, tres meios eram auctorisados pelas leis cm vigor : os ca– ptiveiros, os resgates e os descimentos. Eram caplivos os indíge– nas colhidos em justa guena , isto é, defen siva ou para cas tigo de malefi cios praticados ; resgatavam-se, a troco de fem:nn eutas e elixes varias, os que já se achavam presos e amarrados, para serem comidos por seus inimigos; desciam- se os outros que, deixando– se convencer pelos mis~onarios, abandonavam o ,sertão, vindo es tabelecer-s e na visinhança elos povoados, ele onde os moradores iam buscai-os para o serviço. Mas es tes ultimas, apezar da brandura elos meios recommen– dados, nno escapavam por isso á violencia, que era a forma natural d'estas emprezas. A cobiça dos colonos era , n'esse ponto, patroci– nada p elos missionarias, interessados em augmentar o numero e a população das aldeias , onde quasi.exclusivamente dominavam; e assim se es tabeleceu uma dis tincçno cspeciosa, na qual á primeira vista se descobre o dedo as tucioso elos regulares. Os descimentos elos índios podiam ser de dous modos : o primeiro voluntar ia– mente, indo os missionarias ao sertão, persuadil-os da convcnien– cià de vi verem com gente civilisada; o segundo por meio da coa– cção, obrigando-os ~ " por força e medo » - a acceilarem esta conveniencía, que lhes repugnava. Semelhante proceder, diziam os lheologos e lettrados,-« se não é rigoroso capliveiro em certo \ \ 1 \ 1 \

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