Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971

o ô REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS sõbre essas ruínas, teu sorriso é sol \ Deslumbrado, no amor com que me elevas, não me assombraram no caminho as trevas, porque, tenho no lar, meu arrebol ! Fomos jardim, floresta e sementeira : Eu - pau d'arco imponente; Tu - roseira, nas terras altas de sertões enxutos; H~je, somos dois troncos sem alfombra, árvores sêcas, sem sazão, sem sombra, sem pássaros, sem ninhos e sem frutos. Tu - da insídia fugindo à tempestade; Eu - vencendo as crateras da maldade, seremos sempre justamente iguais; Eu - sem temer as lavas do vesúvio, e tu - flutuando' à tona do dilúvio, - dois resignados - viveremos mais ! No entanto, és mõça, para mim, querida, sacrário augusto, de dourada ermida, onde recebo unção e eucaristia ! E experimento as emoç.ões de outrora, no mesmo abraço que me dás agora, com o mesmo beijo que me deste, um dia!" - 79-

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