Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971

• o ~ REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS ora eloqüente, vibrante, com o acentuado tom cas troalvino, ressoando cm "Exortação às Crianças" : "Vem, meu menino, vem ligeiro à escola. É da forJa do ensino que se evola o áureo fulgor das novas gerações ! Tu és o ouro nativo, no cascalho, - a promessa do Gênio e do Trabalho; - a esperança de raças e nações. É ali que a virtude te alimenta. A escola é um palco onde se representa da Natureza um quadro bem fiel : soletrando os teus livros te assemelhas ao zumbidor enxame das abelhas, numa colmeia mádida de mel. Estuda com fervor, canta os teus hinos, cujos sons de amavios peregrinos, a mundos novos o meu ser conduz; Para que eu sinta, em ascenções velozes, a aleluia balsâmica das vozes, nas coruscantes catedrais da Luz! Fala e canta, no idioma que aprendeste, o mar, o céu, a terra em que nasceste e os teus dias de sol primaveril; Quando tu cantas, eu percebo, às vêzes, o lirismo dos fados portuguêses, na poesia dos sambas do Brasil !"; ora reclinado ante o passado, como neste seu "florilégio, amadurecido e pensado, reflexo emocional de evocadora saudade maternal e das veigas nativas" : "Lembro-me sempre ! Minha mãe cantava, à luz do sol que descobria a serra, e eu, travesso e feliz, a acompanhava p elos campos sem fim da minha terra ! -69-

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