Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971
REVISTA DA .ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS ~uitos anos de consagração no Brasil é que Assis conseguiu penetrar na Europa, graças ao alto valor de suas produções literárias. Outro autor que vem mantendo "record" de traduções é Jorge Amado: "Mar Morto", "Terras do Sem Fim", "Seara Vermelha", "Ca– pitães de Areia", "O Cavaleiro da Esperança", "S. Jorge dos Ilhéus", ~os Subterrâneos da Liberdade", editados de 1950 a 1953, quer na Alemanha Ocidental quer na Oriental. Não fica apenas nêsse número, já por ser apreciável, o acêrvo de traduções antigas e modernas. Além de Machado de Assis, Jorge Amado, Guimarães Rosa, Fernando Sabino e Ariano Suassuna, já são conhecidos na Alemanha Érico Veríssimo (O Tempo e o Vento - O Retrato - México - Noite), José-Lins do Rego (Cangaceiros - Menino do Engenho), José de Alencar (Ubirajara - o Guarany), o primeiro editado em Leipzig, 1896 e o segundo em Berlim em 1911), Lucia Benedetti (Vesperal com chuva), trad. de H. Goergen sob o título "Verregnetet Nachmittag, ed. Minerva de Saarbrucken 1958 e Maria Izabel Benedetti, "Entrada de Serviço", tradução do mesmo H. Goergen, intitulada "Ein Leben in Rio", ed. de Minerva, Saarbrucken, 1961; Carolina Maria de Jesus (Quarto de despejo), "Tagebuch der Armut, trad. J. Gerold, ed. C. Wagner, de Hamburgo, 1962; e "Casa de ~lve– narla" (Das Haus Stein), do mesmo tradutor, e mesma editora, em 1964. Entre os escritores do passado podem apontar-se Coelho Netto com "Wildnis" (Sertão), trad. de Brussot, ed. Fleiche em Berlim, 1913; "Der tote Kollektor", ed. Deutsche Verlagsanstalt, Stuttgart, 1915, e A. d'Escragnolle, com "Inocência" trad. de C. Schuler, ed. O. Dreyer, de 1903. Indiquei apenas algumas obras de alguns escritores e poetas, O contingente é multo maior. Já foi feito um levantamento quase ::ompleto pelo prof. Walter Mettesmann, da Universidade de Munster, apresentado ao "2.º Colóquio de Estudos Teuto-Brasilelros", em que salienta datarem as primeiras traduções de 1896, com "Ubirajara", de José de Alencar; 1903, "Inocência", de Taunay; 1911, 1913 e 1915, com obras de Alencar e Coelho Netto; 1929, com "Casa de Pensão" de Azevedo. De 1929 a 1950 há um grande hiato. Nenhuma tradu• ção é registrada. Decorreu sem dúvida, dos acontecimentos bélicos ({ue abalaram o mundo no último conflito. De 1950 até 1957 nume– rosas se tornaram as edições. A literatura brasileira começou a penetrar em terras alemães, atraindo a atenção e o bom gôsto dos leitores . De 1970 a 57 aponta-se meia centena de versões, por !lscri• tores de alto senso artistico, como os acima enumerados. - .56 - e o
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