Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971

• • ... REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS enriqueceu a insatisfação do cérebro. Sentindo-se lastreado mental– mente, decidiu enfrentar a vida na capital. Ingressou na "Fõlha do Norte". Na pri~eira campanha do jornal contra um govêrno forte, a sua pena estreante incandesceu como fornalha e a prepotência temi– da fundiu-se nela ruidosamente. A mesma pena voltou mais tarde a derrubar outro govêrno de fôr ça, sempre a serviço de urna causa ptíblica. A ira de tais governos, em desespêro por vingança, supor– tou-a êle com a tranquilidade de um mestre-escola ! Aos 94 anos de uma vida nunca repousada, o mestre Paulo Maranhão ainda reunia energias necessárias para galgar, sbzinho, em dois J!xpedientes diários, as escadas do seu jornal que êle notabilizara em todo o Brasil. Essa referência que fez Santana Marques ao bêrço de duas vidas distintas mas de igual es tímulo na encruzilhada do Saber, por si só justificava o orgulho da Academia que Augusto Meira e Paulo Maranhão ajudaram a fundar e que, decorridos 65 anos, continuavam êles a honrá-la corno Jfdimos represent,antes da cultura paraense . Naquela noite, a gratidão da Academia Paraense de Letras con– tagiou de emoção a todos os presentes. -49-

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