Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971
FAZ CINCO ANOS ... Acadêmico Victor Tam!!r A Academia Paraense de Letras, no dia em que completou o 65.º aniversário de existência, a 3 de Maio de 1065, prestou carinhosa homenagem aos dois únicos funrJ.udores então sobrevi·1er>.tcs, Paul.o l\faranhã o e Augusto Meira, inaugurando-lh!1s os retratos na Gal1,ria do salão nobre e em meio de bonita festa lítero-musicl?.l leveda a efeito no ilustre Silogeu. O professor Santana Marques, acadêmico também e que da tribuna oficial exaltou, com muito acêrto, a marcante projeção <1,lcan– çada por aquelas destacadas figuras da intelctualidade brasileira, es ta– beleceu entre ambos, no confronto que dêles fêz, interessante diferença de origem, uma humilde, outra bem nascida e, contudo, que paralelismo de fôrça e proclutiv!.dadc a estenrlc!·-sc, permanentemente, pela vida de cada um. Servindo.se de igual observação de Saint Beuve, diz Humberto de Campos no p ó rUco de suas Momú!"las, que os indlviduos 1Jem nnGciclos levam uma vantagom de dez anos sôbre os seus contempo– rf,ncos de o rir,em humilde, fato que Pascal olevu, poro. trinta. É fácil daí inferir quanto exemplo de capacidade humana nos ofereceu, por isso mesmo, Paulo Maranhão contra a determinação cto próprio des tino aclverso, que lhe dera uma infância alimentada com água e farinha, à guisa do refeição diária, segundo õl.e mosmo con1;avl"I, quando em palestra dava curso às suns emoções evocat.ivas. . E mi icludc cm que o adolescente feliz cUspõe de um Colégio inclis– nensável para os seus estudos secundários, ei-lo a fogueado, o rosto h mhado de s uor, na dura faina ele u.liment.ar fornalhas ele navios, onde ganhava. o pão através do pesadíssimo labor de foguista. Outro q1.111.' quer jú. estaria de nrofíossão definida : embar cadiço. Começa, porém, agora a operar-se o milagre dentro do homem que não havh. nascido em berço de ouro. Graças ao esforço próprio Vf io a ser mostre-escola cJo interior, em cujo contacto com os livros 48- • • •
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