Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971

• -.f • À MARGEM DO MOVIMENTO MODERNISTA Acadêmico Georgenor Franco (À noite de 9 de dezembro de 1970, na nova c,ede da Escola Industrial de Belém, o acadêmico G.eorgenor Fran– co, ocupante da poltrona n.º 38 da APL, proferiu aos parti– cipantes dos V Jogos Estudantis Brasileiros do Ensino Industrial, uma palestra intitulada "A Margf!m do Movi– mento Modernista", que se publica abaixo. na ínti?g:-a :> ·· "Entendemos, como o eminente Ministro Jarbas Passarin.lio, em discurso proferido a 24 de julho do corrente ano, na Universidade de Brasília, que "é preciso con~ar com a pressão renovadora da mocL dade. Ela tem pressa f!, na pressa, não raro julga mal seus ante– );lassados, próximos e remotos". Confesso que o meu primeiro ímpeto foi dizer ~ão ao honroso co_nvite formulado para proferir uma palestra sôbre a literatura, aos jovens participantes da Escola Técnica Industrial. As minhas rsponsabilidades na vida pública, pela função que transi türiamente exerço, por honrosa confiança do Exmo Sr. Gover– nador do Estado, Ten. Cel. Alacid ela Silva · Nunes, cujas atitudes têm sido sempre de incentivo e de apôio à cultura e às artes, não me .permitem tempo para a leitura e muito menos para as pesquisas, que uma palestra recomenda. Há mais de dois anos a palavra repouso não figura no dicionário das minhas horas. A vida pública absorve todos os minutos, num expediente que se inicia às oito, terminando, invariàvelmente, às vinte horas . Os deveres funcionais falam mais alto que as devoÇ)ões jornalísticas e literárias, e impedem ao jorna– lista e ao poeta trabalhar pelas letras como seria de desejar . Dos entendit:.E.:-itos manliclo~ com os ilustres professõres, resul– tou e aceitação do convite, uma vez que aqui estamos para fazer uma palestra e não ministrar uma aula. Meus jovens amigos : costumo ser honesto em tudo o que -37 -

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