Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS ria do Rio Amazonas"; um Domingos Antônio Raio!, o integérrimo Barão de Guajará, com o seu monumental "Motins Políticos"; um Acrísio Mota, poeta de "Coisas Profanas"; um Olavo Nunes, que teve o seu livro de versos, "Lavras", prefaciado por Paulino de Brito; e ainda um Lauro Sodré, um Serzedêlo Correia, um Barroso Rebêlo, um Enéas Martins e tantos outros da estirpe sapiente. Sem nos determos nos que fulgiram, de então para os dias de hoje, na majestosa constelação da Academia Paraense de Letras opulentando-a na sua reorganização, em 1913, e ma11- tendo-a estelante em sua curva ascensional, sem falarmos nos que suas nobres poltronas já as ocuparam e, em tempos outros, as glorificaram, com a sua cultura, sua inteligência e o set: intelectua– lismo aprin1orado, - um Remígio Fernandes, um Tito Franco de Al– meida, um Alves de Sousa, um Inácio Moura, um Acilino de Leão, um Amazonas de FigÚeiredo, um J. Eustáquio de Azevedo, um Luís Barreiro, um Raimundo Morais, um Paula Barros, um Alcides Gentil, um Dejard de Mendonça, um Paulo Maranhão, um Jorge Hurley, um Bruno de Menezes,. um Elmano de Queiroz, um Augusto Meira, um Manuel Lobato, um José Coutinho de Oliveira, um Oswaldo Viana, um Paulo Eleutério, um Machado Coelho, um Osvaldo Orico, entre tantos, tantos!, que por ali passaram, deixando o rastro de luz que a sua obra imortaliza na história das letras amazônicas, - reveren– ciamos o itinerário de glórias do austero instituto cultural da terra de José Veríssimo, integrados que há muito nos actamos no aposto– lado dos que genuflectem frente os altares daquela -.::atedral do pen– samento e do saber. Quando se relê o cintilante Georgenor Franco, naqueles "peda– ços da vida da Academia Paraense de Letras", que Ne enfeixou num livro sob o título "Uma História para a His tória", é logo ali que se apren.de a amar e venerar o insigne cenáculo das letras paraenses. Todo o seu passado é uma perene floração de intelectuaüdade, afir– mando-a plenamente em sua missão de cultura; todo o seu itinerário se nos desvenda caminhos que elevam e dignificam a inteligência, abertos na excitação das pesquisas, na volúpia de criar a beleza, na glória de descobrir e realizar. Temos à vista alguns números da sua esplêndida Revista. Êles nos trazem o pensamento dos &.cadêmicos desta última década; êles nos trazem as graças do espíirto e da sen– sibilidade de quantos, nestes últimos dez anos, souberam manter acesa aquela chama sagrada do ideal literário, a qual há cem anos José Veríssimo pusera a arder no cadinho da "Revista Amazônica". Colmeia agridoce elas estesias, favo da eurritmia integral do pensamento, a:; abelhas doiradas, que hoje a Academia Paraense da Letras agremia em seus alvéolos, produzem o mel mais puro da ,-. 222 - ~

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