Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971

--- ---- REVISfA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS Nos "Anaes" Encontrarão nossos patrícios motivos justos para admitir que esta Frovír.cia sempre foi ativa e participante em tôdas as causas nobres da. terra e do povo; nos "Discursos de D. Mário" en– contrarão a prova de quanto sabe o Pará ser fiel à gratidão; em "Pau– lino de Brito" poderão verificar que aqui brilhou um espírito extraor– dinário, capaz de empunhar as armas da filologia e enfrentar o grande Ciirn1ido de Figuein,dc m:. mais elegante e culta das lides de que te.mo3 conhecimento. Agor?., descobrirão os paraenses ilustres do passado e u:na descrição do culto que devotamos à Virgem de Nazaré. Há, por tôdc1 parte, nos tempos atuais, um amor maior aos livres. Surgem dé! todo1:i os recantos autores novos e novas eji.ções dr obras antigas sáo Iar:çadas ao mercado. As idéias fervilham nas mentes humanas, ;,,rnparadas pela técnica e pela filosofia. Amplos s§.o os l1orizontes dos livros científicos, amplas são as conquistas. Largos são os caminhos da futurologia, ciência que oferece o presente para estudar o futuro. Tnlinito e maravilhoso é o esfôrço em pró! da pa!a– vrn Lrábalhada, do versr profético e das imagens da ciência ficcionista. Brilhantes escritore>s surgem a cada passo. Esgrimistas das idéias retratam as contorções áos algemados espíritos, que se libertam pe!o pensamentos. Aromosas são as produções dos livros infantis. Deli– c:actas, perenes e <?stilíslicas são as crônicas, na sua difícil síntesl:'. Notícias elegantes surgem diàriamente nos jornais. Novos estilos aparecem, como Guimarfies Rosa, gerado nas raízes de Macunaima. ú idioma nacional se enfeita e cresce, como O açafzeiro na mata, a pro– cura do sol. Os S1lcgeus procuram a semelhança entre Rui e Paãre Vieira, nas mais belas demonstrações de amor às tradições da cu ;t.ma . A unidade brasileira se robustece através da comunicação entre leito– res elo Norte e leitores do Sul. os livreiros oferecem, renunciando a lucros melhores d,~ capitais, montanhas de livros à cobiça do3 inte– lecwais e dos estuctantes. As Universidades abrem ma.is as portas à .iuventude. Os Conselhos de Cultura cumprem animosamente sua missão. Compositores e cantores alegram-nos os inst.antes de medi– tação. O ritmo vence, até nas buzinas sinfônicas dos apressados veículos modernos. Os arquitetos arrumam seus tijolos com arte requintada e curvas graciosas oferecem-se aos nossos olhos deslum– bradr.-s, no cristal dos ediflcios de cimento armado. Bergson e Malthus se tornam moder1; 11g aos estudos dos filósofos científicos da vida humana. Cristo par;~a a receber maior número de mensagens. Treme o mundo, mas não cede, sob a ação divinatória do esr.udo e da p~s– quisn. E os livros a cada instante se alojam mais em nossos espirito-: Roma, em 1467, apresentou O primeiro livro. Na França surgi– ram os belos livros da Regência, com a imortalidade dos conto,; de La F'ontaine. o romantismo esmerou-se na publicação elos livros ilus– t:rados. Em 1480/81, apareceu O primeiro livrn em Português, "Cópias", -207-

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