Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971

• • • REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS Incutindo a prática da higiene, em tôdas as suas modalidades, Dom Lus tosa cor. 1 .0 Que transformou-se âe grande pre!ado, culto, da "lei puríssima do Evangelho, com a fôrça de vontade que impele a alma ao arrepio da:o paixões, até o sacrifício de si mesma", no higie– nista ponderado, C'.Ll0 , em linguagem acessível, ministra os melhores conselhos de ordem ~anitária, segundo os quais, "se desejamos fazer grande bem à alm':l. de nossos amados filhos no intPrior, fôrça é que nos empenher;.ws para melhorar-lhes também o estado de saúde. •.:orporal". Nêsse seu pequeno trabalho pragmático, em que f!. religiosidade se associa à higienização, Dom Lustosa, criticando a doutrina fata– lis ta, observa : "O homem que se mete no perigo e depois exige a Deus o milagre que o salve, deve obrigar o Senhor a secundar-lhe a imprudência. Deus quer que façamos o que pudermos e depois de boa mente no,; valerá. É digno de todo louvor o homem que, para cumprir o s.,m dever afronta, impávido, os perigos. Mas, intei– J·amente reprovávz! e insultuoso a Deus é o proceder do indolentn que não trabalha confiado na Providência, do imprevidente que tudo esbanja, expondo a família a passar fome, dizendo: "Deus é grande". Nos utilíssimos preceitos· contidos naquela Pastoral, Dom Lus– tosa, após referir-se às infecções e aos focos de enfermidades, teci. um pequeno hino de exaltação ao astro-rei : "Que grande desínfe– tante natural é o sol", diz êle. Que crime impedir-lhe a entrada nos no:;sos quartos de dormir. Deixai seus raios de ouro eliminar os germes de morte que se aninham nas alcovas e mais aposentos fallos de luz. 1!:sse;:; feixes de raios benéficos, portadores de cr.lor e de luz, saneiam o ~.r, secam a humidade do ambiente, matas micró· bios. O sol é uma farmácia viva. Sôbre vosso orqanismo, devida– mente aplicado, produzirá efeitos muito salutares. Não vos priveis dêsse tesouro que Deus nos deu tão largamente nesta zona equa– torial". O jornal catú1ieo "A Palavra ", editado em Belém, homenageando Dom Lus tosa, transcreveu num volume, todos os seus artigos publi· cactos- na imprens,, local no período de 27 de agosto de 1933 a 1.º de julho de 1143, alusivos às visitas pastorais que empreendera na jurisdição de sua A!·quidiocese, e à grande viagem que efetuara desta capital à Nápoles, no Ano-Santo; à cidade de Lourdes; à ilh'l dP Las Palmas; as q11atro grandes Basílicas e às Cata::umbas de São Calixto. o livro t rata do roteiro de sua viagem empreendida pela então Es trada de Ferro de Bragança até à região de Quatipuru, donde s. Excia. Reverendíssima se transportou, em caminhão, r -::noa ou - 189 -

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