Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS indivíduos "insofridos de restrições ou limites, os quais querem correr à vontade pela estrada da ·vida sem encontrar barreira", convindo ressaltar que ·"es::;a estrada sem barreiras é precisamente a que des· crevera Jesus - spatiosa via - pela qual, diz o Mestre, se vai à perdição". Aludindo ao:, movimentos tumultuários da atualidade, quando "a luta pela vida \'ili-se tornando cada vez mais intensa", obse~'Vf-. : "o que vemos nos nossos dias, mais talvez do que viram os nossos antepassados é, ele modo especial, a luta pelo enriquecimento•·. E conclui com esta-; palavras que se transformam em verdadeiro es• Ligma contra a :;ê:.:e das riquezas, da ambição e do luxo: "Lutar para viver é do nosso instinto, é uma conseqüência c..,u modalidade do instinto de conservação. Mas, a luta pelo enriquecimento, a avidez desordenada, insaciável de grandes lucros, a ambição do ouro 6 realmente Lrist1ssima manifestação do conceito materialistico da vida". Ao referir-se. aos templos religiosos, "onde a Providência arma– zenou tudo quantu se faz de mister para a vida de nossa ,1lma 1 onde brotam as fontes de salvação, onde nos iluminanos, nos alimen– tamos, nos curamos, nos defendemos, nos purificamos, nos ressurgi• mos, nos estimulam::is ao bem, nos Iocupletamos de merecimentos". Dom Lustosa, no ,;ulto do seu apostolado, diz que ''a alma tem na I greja todos os elementos de vida e salvação", em cujo templo "de•,e• mos entrar como e1n nossa casa que realmente o é, porquanto é a casa do nosso Pai Celeste"; em cujo lugar sagrado dê recolhimento e meditação, devemos entrar "com as saudades e a sofreguidão com que o cervo demanda a fonte", segundo o preceito contido ncs salmos. Partindo elo pressuposto de que "o melhor sust,entáculo da fé é a moral", cheg.; a esta acertada conclusão: "o incrédulo não ?Ode medir as conseqüências funestas e increlidade, pois se êle perce• besse quão nocivo é êle próprio ao convivia humano, devido à st:a descrença, teria mêdo de sí mesmo". Pregando a união da família, exalta a influência poderosa que exerce no â nimo dos fllhos a palavra e o exemplo paternos. concluindo a sua belíssima primeira pastoral, Dom Lustos~.– recorta-se ao Eclesiaste, segundo o qual "a consciêncla religiosa, a co~sciência do homem temente a Deus, só ela nos pode manter no cumprimento do dever". A sua Segunda Carta Pastoral, dada à publicidade em 1934, dirigida aos seus diocesanos do interior do Estado, e um repositório de ensinamentos, objetivando o mais elevado conceito de saúde cor- poral. - 188 - o o <J a

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0