Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS Dom Romnaldo Antônio de Seixas - O Patrono Filho de FranciscG Justiniano de Seixas e D. Ângela de Souza Bitencourt, -Romualdo Antônio de Seixas nasceu no interior do Munl– c.:i.pio de Cametá dia 7 de fevereiro de 1787. Homem de origem modesta, bem cedo essa circunstância f,Jrmou ·contraste com a sua extraordinária inteligência. Não podendo seus pais dar-lhe educação requintada, seu ti:i, o Padre Romualdo à e Souza Coêlho, Secretário do Bispo Dom Manue~ D"Almeida de Carvalho, incumbiu-se da instrução do dileto sobrinho. a qual passou a s?r-lhe ministrada no Seminário Diocesano, em c:ujo educandário 2prendeu as primeiras letras e inici.ou o curso ue humanidades, estml;,mdo filosofia com os religiosos de Santo Antônin, revelando-se um FHudantes talentoso e disciplinado. Tendo em vis ta o aprimoramento de seus conhecimentos, .;en tio fê-lo embarcar para Portugal, passando o sobrinho a assistir em Lisboa as aulas ds. Congregação de São Felipe Nery, P.m cuja casa d e ensino o jovem Ro:,nualdo de Seixas, sempre aplicado aos estudoa, 'foi enaltecido e orientado pelo Padre Teodoro de Almeida, professor de química e pelo Dr. José Joaquim Ferreira de Moura, professor de literatura portuguêsa. Regressando ao Pará contando 18 anos de idade, manifestou-se o seu talento prer:.,ce ao r eger, no Seminário onde anteriormente : ,-:,ra aluno, as cadeiras de gramática latina, retórica e poética, língu:c! francêsa e t eologia dogmática. Em 1808, cor:i a idade de 21 anos, recebeu o diaconato, incutindn no espirita dos h0m.ens de sua época a figura de grande orador sacr o que seria futvramente, ao pronunciar o seu sermão de estréia, no púlpito, quando fêz o panegírico de São Tomaz de Aquino. Recebendo, duis anos após, as ·ordens de pre3bítero, cantou a sua primeira missa na matriz de Cametá dia l.º de novembro ele ]810, quando prof 0 riu o seu segundo sermão, bastante apreciado por todos aquêles que tiveram a ventura de· ouví-lo. Desempenhou as funções de Vigário de Cametá, Provisor e Vigário Geral da Di0cese, temporàriamente. Por ocasião da::: exéquias de Dom Manuel d 'Almeida Carvalho, 7.º Bispo do Pará, cujo falecimento ocorreu a 30 de junho de 1818, Dom Romualdo d,J Seixas pronunciou notável oração fúnebre, p oste– riormente impressa em Lisboa. Esteve à irante do Bispado, na qualidade de Vigário Capitular, em face do Cônego Romualdo Coelho, então Bispo do Pará , haver viaJado para a Côrte com o objetivo de aguardar as bulas de con– firmação. - ,180 - o o

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