Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS riscando os ceus impenetraveis das linhas igneas e incertas, rapidas e a,,:i.eaçacloras dos ·cc!ampagcs, cercados de perigos, a vogarem sôbrP a clamyde das ond,u, tormentosas, admiro-os e os tenho por proxi– mos á· imagem de .De:.1s, quando afogam a besta que lhes habita 0 casulo material, para que aí se instale a consciência de sua fôrça e ele seu valor, fllJ respeito de si mesmo e na clemencia aos inimigos .. . E era e é ,.lesse geito que desejo assistir aos t orneios em meu país. A Alcides G,mtil, não• lhe custará despertar o delicado poeta e sonhador, que o acompanham, para que se lhe amorteçam as naturais r evoltas contra os profanadores da verdade. A leitura de,,tes versos, não é teia forte demais para encobrir uma alma delicad?., ainda quando ferida. Ouçamo-los : DECEPÇÃO Tantos anos andei, nestes lugares, Vendo ~ 5entindo, no ermo dos espaços, O rumc,r mdeciso dos teus passos E os t•i:;:-;iüos clar ões dos teus olhares. Tinha mirib'alma p r esa nesses laços, Com qu~ nugmentava os íntimos pesares. Tua ima:,,r•m vagava pelos ares, Pelos 0.1\,:: trocavamos abraços. Hoje, por atender às minhas preces, E r ealizar-m~ a aspiração suprema Orgulhosa, entre risos apareces. Tenho·t':'. E és tão diversa na presença Eras, em sonho, uma paixão extrema, E és, em verdade ,a extrema indifer ença. Disse-vos tarr.l1ém de seu amor â terra, como a constanta preocupação de todos os trabalhos a êste soneto o confirma de forma assignalavci : HENúNCIA Olhas e,n torno e vês, acabrunhado, a terra Infinita,; riquezas dis tribuindo, - 176 • •

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