Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971
REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS tantes de nossa política interna, que muito de perto di3em respeito ás nossas relações exteriores; hoje, que uma dezena de áespeitados, ra11• cor0rns inimigos <.lo grande culto, tão cedo roubado ao carinho ela pátria, está a profaua.r o tumulo de Rio Branco, procu,·ando diminuir• -.lhe a gloria mer ecida hoje, dizemos, é necessario que se levant~ alguém, pobre ou üc-o, humilde ou nobre, para ver o que ha de notavcl na obra extraordinária de Rio Branco e mostrar, através das idéias e dos atos do saudoso estadista, a solução dos problemas que estão a exigir de nós, dos bons patriotas, remédio pronto, urgente, ime• diato"- E cada um dos capítulos de seu livro desenvolve a ação pro: ficu a do imortal chanceler brasileiro, r evelando o estudioso do Direito Internacional, em proveito de seu país. Aludi à cultura de Alcides Gen til e ela transparece da sequência lógica de seus trabalhos- Há um vínculo estreito entr e êles, um fio que não os deixa solt~s. Em discursos, ou em livros, nas preleções, a ssim nos artigos, como até em versos, ha o predomínio do pensa– menLc. em torno da patria, que lhes dá perfeita unidade. Doutrina, e:ntão, daquela. sorte imperativa, que já lhe atribui, movido por êsse mternsse. Mais acentuada já é essa feição, em seu segundo livro "Os novos horizontes da política nacional" - dado' a lume dois anos após o que Já citei. Este e de 1915. Assim começa : "A política é a sociologia aplicada e a socio• logia é a ciência que estuda os fenômenos sociais. O objeto dessa disciplina r eside, indiscutivelmente, na coexistência organisada do.;; homems. Porque nncte as energias humana·s, abertas ás suas expansões inevitáveis, estiverem solidarizadas, aí se há de estudar a origem, a evolução e a forma de vida social. O patriota Parece que em t odo p ercurso destas dissaboridas frases, deixei patenteado que Alcides Gentil cumpriu o compromisso assumido "perante a pátria , aos vinte anos" e ainda não se afastou dêle. Aprimora e generalisa sua cultura, por quantos ramos se liguem ao desvelado objeto de seus estudos. Declarou, d e público, que não tem prazer em se desviar dessa direção, que traçou ao espírito. Vale isso por um programa de trabalho, que é pena lhe não permita a instalação na vida completo conforto, para a êle se ater sem outra preocupação. - 170 - • o • .e
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