Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS Na manhã s•~guinte o rio Acre começou a encher. Suas 1guas elevam-se lentas, ~orém constantes. Ao cair da tarde 3 pés de barranco haviam afundado. A enchente vinha segura. Dentro em breve as embarcaçõ~s atracadas ao porto de Bôca do Acre estariam subindo o rio em b11sca do Rio Branco, a Capital do Estado do Acre As Chatinhas da ENASA armavam-se. O combustível-lenha enchia os paióis. junto às fornalhas, e os marujos desciam os barrancos confra– ternizando com O!- companheiros, certos da próxima viagem, do esperado encontro com a familia, o reencontro do amor sonhado, o a alegria de um viajar tranqüilo pelo rio pleno, sem os riscos traiçoeiros dos pau·; submersos e sem a ameaça dos encachoeirados prenhe de imprevii;tos. Assim vimos Bôca do Acre, estendida entre os rios Purus e o que 1he dá o nome, no extremo limite do Amazonas, às portas do território, hoje Estado, que a audácia nordestina e a rebeldia de Plácido de Castro conquistaram para o Brasil. -162 -

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