Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971
o o REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS morações, onde mais lhe descubra valia e grandeza : se no preciso momento, silencioso e singelo, em que numa sessão ordim\ria foram levadas ao lúcido exame do plenário, pela iniciativa feliz e oportu:1a àa ilustrada Conselheira Maria Anunciada Chaves, consubstanciadas C;m proposição que vale, pelo seu teor, como trabalho fundamente alicerçado e de agigantada erndição; se no calor, acolhimento e cont::i– t.ôante estímulo que lhe emprestaram os respeitáveis integrantes dêste Egrégio Colegiado; se no impulso e entusiasmo que lhe dedicou, ele maneira exrtaordinária, meu preclaro antecessor, Prof. Doutor Aloisio da Costa Chaves, desde a visita pessoal que fêz, juntamente com a comissão encarregada dos primeiros contactos com os filhos de Paulino de Brito r_esidentes nesta cidade, às providências expeditas, reiteradas e incessantes para a consecução da ingente iniciativa, e 9. quem deveria, por justiça, não fõssem as ponderáveis razões impedi– tivas que o levaram à renúncia dêste pôsto, caber o privilégio de presidir às solenidades desta semana; se na eminência que lhe desti– naram, em gesto largo, o infatigável e arguto Governador do Estado, Ten. Cel. Alaciã da Silva Nunes, criador, implantador e amigo desta C:olenda Instituição, bem como a Prefeitura Municipal de Belém P a lJniversidade Federal do Pará, a Academia Pnraense de Letras e 0 Instituto Histórico e Geográfico do Pará, a Secretaria de Estado Lle Educação e Cultura e a Fundação Educacional do Estado do Pará, a imprensa e demais órgãos de difusão no Estado; se no buliçoso e inenarrável movimento que sacudiu a cidade, ativando alunos, em revoada, na colheita ·subsidiária para palestras, recitativos, redações P ~xercícios dP. tõda sorte. nos diversos Estabelecimentos de Ensirio públicos e particulares, após essa interminável procissão cívica que Jota, dia após dia, o salão da Biblioteca e Arquivo Públicos, varejan– do-lhe, de vitrina em vitrina, o precioso documentário ali ex>Josto e ir,gado ao Conselho de Cultura pela familia do inolvidável mestre. Há, contudo, uma coisa que sobrepaira e vale como fl'Uto dura– douro : é que a "Semana Paulíno de Brito" atingiu os seus reais e r,obres objetivos. Paulino de Brito, falecido a 16 de setembro de 1919 e recolhido ao seu sepulcro, nesta cidade - sob a rígida observância das dispo– :;-1ções de sua última vontade, sem que ninguém lhe tocasse no corpo após exvair-se-lhe o último sôpro de vida, senão para g sul:'. cobertura com a "mortalha de Cristo, sem coroas, sem présttto pomposo e sem louvores oratórios - assoma, decorridos cinqüenta an·os, rrdivivo, imortal, cada vez mais presente no seio da raça e da gleba que o não podem deslembrar e o apontam, perene, ao culto das geraçõe~ vindouras. - 155
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