Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971
OLAVO BILAC POETA NACIONALISTA E PARNASIANO Acadêmico Aláudio de Oliveira Melo A 30 de dezembro de 1968, na sede da Academia Par aense de Letras, r ealizou-se sessão conjunta cívico-cultural promovida pelo S ilo geu e pelo Diretório Regional do Pará da Liga de Defesa Naciom!l, para comemorar o 50.º aniversário da mor te elo imor tal poeta Olavo Eilac. Em nome da APL falou o acadêmico Aláuclio ele Oliveira Melo, ccupante da cadeira n.• 13, que proferiu o seguinte discurso : "Desvelando-se pelo bem da Pátria e sacrificando-se pela felici– áade comum, Olavo Bilac deixou rastros indeléveis de cintilações. Numa coincidência expressiva, o bardo ilustre, que fóra int'i• mora to pacifista, nasceu em 1865, quando se desencadeou no continente· . sul americi.:.no a guerra do Paraguai, e faleceu cm 19i8, ano em que H5 armas se ensarilharam nos campos europeus em decorrência ela armistício da pr imeira Conflagração Mundial. F'r eqüentou em São Paulo a Faculdade de Direito e no Rio de .1:rneiro a PaculdadP etc Medicina, não tendo concluído, todavia, os cursos respectivos. Sem embargo, exerceu elevada função pública., c.om superior critério E' absoluta probidade. Democrata convicto, estêve encarcerado durante vários meses, em 1892, na belonave "Aquidaban" e na Fortaleza da Lage, em f :l.ce rl0 haver repudiado o govêrno forte de Floriano Peixoto, robustecido com o insucesso da revolta da Armada de 1893. No decurso de sua intensa mocidade teve como companheiros 1 0 uiz Murat, Emílio de Menezes, José do Patrocínio, Coelho Neto, Guima– rães Passos, Aluísio e Arthur Azevedo, Mário de Andrade, Raul Pompéia, Paula Ney e Alcindo Guanabara, a fina flor da intelectua– lidade brasileira de sua época. - 142 - • -- - -- - - ---- - - - - - - - - - - - - --- - - - - ---
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