Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS prociona, num ato Hmpido ele seu Govêrno, a um dos mais autênticos, dos mais exuberan t.-~ e dos mais fecundos dos trovadores paraenses. Não será, contudo, o retiro de seu exílio voluntário. Aqui não há )ugar para Ocaso. Aqui nunca haverá Crepúsculo. Existirá, sim, perene Aurora. Aqui tudo é festa, tudo é vida. Aqui há lampejo:::, cla rões de espiritu:i!idade. Aqui não se vai encerrar, engaiolada, "a mais cantadeira do.:: cigarras, aquela que viveu festejando o amor em tódas as dimensões". Nesta casa, faceiro, eternamente jovem. viverá "o Menestrel Divino". Pinagé, meu poeta e meu irmão : J'l:ste não é o prêmio a quem, recebendo-o "como lírios orna- mentais, assiste ao seu último espetáculo na Terra". Senhores: Não envelhecerá nunca o dono desta casa e dono desta festa. Sim, porque... "Quando morrerem todos os canários e não houver mais hinos na floresta; Quando em seus versos não houver mais festa Nem a legria de viver; Quando os anos que passam lhe negarem o sorriso do filho, o bem da espõsa, findará a sua estrada cõr de rosa ! Então ... Começará a envelhecer". Senhor Governador : ontem, numa noite de pompa, que encheu de glória e de luz •J Salão Nobre dv Teatro da Paz, Vossa Excelência lançava, sole• nemente, a gravação, em discos, da obra poética de Rodrigues Pinagé, Hoje, neste ato simples, Vossa Excelência cumpre a primeira etapa da sublime finalidade dessa invulgar promoção. J'l:ste é um ato duradouro do Govêrno de Vossa Excelência. J amais será olvidado. Nunca se diluirá envolto no esquecimento. De Plnagé, falarão os nossos filhos e os filhos de nossos filhos; falarão ·os seus pósteros, os seus sucessores na Academia Paraense de Letras; falarão, sobretudo, os que escreverem a História Literária do ?ará. A figura central dêste ingente feito de Vossa Excelência é, se,m dúv1da, imperee,edoura. Não morrerá. Mesmo porque . .. - 134 - ·o o - - - - - - -- ----

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