Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS felicidade, na memorável noite do Teatro da Pa.z, de "Alacid - o nôvo Homero da América Latina". As reais dimensõe::= do significado desta festa não se medem pela fachada, pêla e.strutura ou pelas instalações dêste imóvel. Sabemo-lo mortesto. A grande valia está no sentimento que o gerou. Sàmente os ! úcíd.os o alcançam na plenitude do seu porte. Enalteceram-no as vozes mais expressivas da cultura paraense. De Campos Ribeiro, tão escasso no elogio fácil, derramou-se no louvor candente àquilo a que, conforme confessou, jamais houvera assistido na história literária brasileira. E foi da própria alma do grande Príncipe dos nossos poetas que jorrou a afirmação de que desconhece, no seu país, fato histórico. de caráter popular e afetivo, que mais lhe despertasse a razão e 2. vaidade de ser brasileiro. Nem o de Bilac, o Paladino da Juventude, ao merecer do ExE:ircito de Caxias a Condecoração de Patrono do VoJuntãrio da Pátria. Nem o de Castro Alves, o notável poeta con– cl.oreiro, ante a estrondosa manifestação de júbilo das Fôrças Ar– madas e dos estudanteG paulistanos. Nem o de Patrocínio, deixando silenciar a estrepitosa salva de palmas com que o povo baiano re– cebia O ardoroso trihuno abolicionista. Para Pinagé a finalidade desta obra renete um estímulo aos culto!eS das letras, e trouxe, particularmente, aos S!)US "amargores, a doçura espiritual e cristã do perdão a Madalena e a promessa do milagre da ressur:reição de Lázaro, como tônico reanimador da vitalidade }adormecida". Foi, sobretudo, como êle próprio classi– ficou, "o patrodnio de elevado discernimento moral e cívico que, pelo seu sentido yatriótico e humano, fê-lo rejuvenescer meio século". Esta é a primeira "messe de um dourado estio" que se esconde nêsse indefinível gesto do eminente Governador Alacid Nunes. É a primeira entregra. A outra - a da casa de Belém - a ser adquiride .,,. 0 restante do produto da venda dos discos recentemente Jan• cou, . l t b d realizar-se-a < en ro em reve. ça Of:., Mas esta é a casa de Bragança. De Bragança a quem êle, em tempos recuados, dava "bom dia" em versos com a ternura destas palavras : "Estás em festas, Bragança ! Venbc:: de longe rever A cidade que não cansa de progredir e crescer; - 132 - o o o o o

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