Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971
RÉV1STA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS De Severino Silva, em "O Estado do Pará" de 27.10.1929 : "É um poema de Amor e de Sombra, mas, sobretudo, uma ode alta, magnífica, a "Terra das Amazonas". De Luiz Moreno, no mesmo jornal, dia 26.12.1929 : "Terra das Amazonas" é um rico escrínio de rimas lapidadas, onde a alma do poeta se transforma em sons, numa orquestração sin• fónica ante a beleza verde da planície". Do nosso querido Bruno de Menezes, que na "Fôlha do Norte" de 19.01.1930 já escrevia em linguagem sóbria e objetiva, menos ~n– fânica e menos orquestrada . .. : "Terra nas Amazonas" não se engralha com as penas de brasi– lidade. Há luz, alegria, côr, paixão, poesia viva nos seus· motivos plasmadores". Finalmente, em tôrno do terceiro livro de versos que Wenceslau · Cost~ publicou, "Cântaros Azuis", desta forma se externou a crítica: Mário Platilha através de "Correio do Povo": "Daí a minha afirmativa sôbre o valor de "Cantaras Azuis". :ele encerra beleza, arte e sentimento". Noema Paraguassu, por intermédio de "Guajarina": "Wenceslau Costa é poeta. Tem sentimento. Há no seu livro a escassez de rima e o sobejo de ritmo". Finalmente de Tito Lívio Barreiros, via "O Imparcial": " ...meu jovem poeta, julgue-se honrado pela glorificação de ·seu livro". Eu não poderia, é evidente, deixar de vos dar ao menos uma pequena amostra dessa trilogia de obras que mereceram tais elogios. Lerei, então, e apenas lerei porque declamar não sei (desculpem a rima), uma poesia de cada livro, lamentando nêste momento que me ~-a1tem os dotes de declamador de um Rodrigues Pinagé. Poesia intitulada "Crepúsculo", do livro "Florões": O sol já no horizonte, lentamente, sem fôrças pende a fronte enlanguescida. Um manto de tristeza incontinente, A mortalha de todo o ardor da vida. Ainda há bem pouco, em cântico dolente, a passarela leda, em despedida, saudava o fim do dia brandamente e do astro-rei chorava essa partida. Entanto agora no frouxel dos ninhos, pipilam com tristeza os passarinhos, recordando ainda a matinal 19díce. - 114 - o
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