Revista da Academia Paraense de Letras 1969 e 1971

• • REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS ganização da Secretaria do Silogeu, efetuando, simultâneamente, um apreciável levantamento histórico do mesmo. Posteriormente chegou a vice-Presidente desta Casa, em nome da qual fez o · necrológico de Remígio Fernandez e saudou o Legado do Papa por ocasião do IV Congresso Eucarístico Nacional, em 1953. Nasceu de Francisco Bonifácio da Costa e D. Emilia Pinheiro da CosLa. Teve cinco irmãos, de nomes Floriano, Anita, Silvina, Lou· rlval e Edgar. • Casou com a senhora Sílvia Tobias da Costa, professora norma– lista, deixando um único filho, o engenheiro civil Ionildo Wladimir Tobias da Costa. Publicou em 1921 a novela "O mistério do gravata parda"; em 1924, 1929 e 1930 três livros de versos, "Florões", "Terra das Amazo– nas" e "Cântaros Azuis", respectivamente. Deixou algumas obras iné– õ.itas, além do volume de crônicas "Flagrantes da .Amazônia", impresso pela Universidade Federal do . Pará; e lançado ainda na gestão do Reitor José da Silveira Neto, em ·cerimônia que teve excepcional eolo– rido dado por um belíssimo discurso. do poeta De Campos Ribeiro. Folheando no Rio de Janeiro, em fevereiro do fluente ano, os arquivos deixados por Wenceslau Costa, ·graças à gentileza de sua viúva, Dona Sílvia, encontrei datilografados, naturalmente esperando o prelo, os originais de : "Na tribuna dos Sodalícios", discursos acadêmicos; "Canção do Lázaro", versos; "Flâmulas de Rosas", versos; "O Evangelho de Bronze", idem; "Sociedade em Delírio", prosa; "Os Condenados", teatro; "Marupiara", versos. Registrando o aparecimento de "Florões", primeira tentativa de comunicação do saudoso poeta, assim se pronunciou "O Imparcial" c'.e 8 de julho de 1924 : "Wenceslau Costa é um dos novos, em nossa literatura indígena que mais direitos têm aos aplausos da crítica". E a crítica. pela ·pena de A. Ribeiro de Castro, em "Belém-Nova" c:1.e 23.08 .1924, manifestou-se desta forma: "O seu verso, portanto, como acabamos de ver, não traz requin– tr s de fantasias nem arabescos fascinadores. :!!: forte, claro, expres– s ivo e, sobretudo, despido das fatuidades revoltantes do futurismo. "Para quem publica em verso um livro de e stréia , esta página equivale a um triunfo. E dêle é bem merecedor Wenceslau Costa": A r espeito da segunda experiências poética de Wenceslau Costa, '''!'erra das Amazonas", eis três opiniões. - 113 -

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