Revista da Academia Paraense de Letras 1964

REVISTA DA ACADEMIA p ARAENSE DE LETRAS nos, escolhidos sempre entre os mais destacados das senes, participaram da serata. DEJARD DE MENDONÇA nela não figurou. Era, como se sabia nas rodas dos colegas, infenso ao discurso e à declamação. * * Correram os tempos. A situação de dificuldade fi– nanceira de nosso pai levaram-no a retirar-nos do Colégio, que era remunerado, situação em que continua.mos até de– pois de sua morte, freqüentando, apenas, uma ou outra aula de professor amigo. Certo dia, em nossa casa, apa– receu acompanhado das meninas antes internadas no "San– to Antônio", Dejard. Foi, então, nossa mãe informada de que rompêra relações com o tio. Porque assim tivesse pro– cedido - '(já homem e sabendo trabalhar, fôra buscar suas imãs" - dizia. Seu irmão Antônio, êsse, interno do "Nossa Senhora do Rosário", o tio não dexara sair, era o mais novo de todos, quase menino. ' O motivo do rompimento com o venerando preceptor tivera causa na contrariedade a certo namôro com moca vizinha. . . • * * Revisor de "A Província do Pará" e professor parti– cular, morando conosco, fez-se acadêmico de direito. Suas irmãs, mais tarde, seguiram para Manaus a reunir.em -se ,a pa– rentes de seu pai - o comandante fluvial Antônio Men– donça. Mais tarde também para ali mudamos residência. Na luta de órfão adolescente, cercado de irmãos e mãe, to– dos sacudidos pelas vicissitudes de- uma vida prenhe de ne- ' cessidades, nunca mais nos foi da<!_o saber de Dejard. De 1910 para 1911, quando naquela cidade a luta política-partidária tocara aos extremos da competição, for– mavam no "Correio do Norte", ao lado de Antônio Bitten– court, então governador e chefe da corrente que combatia os elementos fiéis a Silv~rio Nery - Adriano Jorge, José soares Sobrinho, Benjamin Lima, Heliodoro Balby e outras admiráveis figuras representativas da inteligência amazô– nica, que, por outro lado, não tinham menores opositores em Alcides Baía, Paulo Saldanha, Araujo Filho, Thauma– turgo Vaz (TH.), Sá Peixoto, Cqelho Cavalcanti (João Ba– rafunda), e tantos mais. -67.-

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