Revista da Academia Paraense de Letras 1964

tosa. REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS Vai tentar o Capêta, cabôcla danada ! Vai ser bôa assim p'ras sumitumas do inferno ! Lá é que sabe ser quente como êsse teu corpo em brasa cabôcla da minha perdição ! Eu te arrenego, cabôcla do meu sonho Cobrinha coral, que é meu brinquedo E assim termina seu "desespero" E, no seu desespêro da minha alegria e da minha vaidade, cabôcla de todos os diabos, só acho duas palavras p'ra me desabafar : - "Home, vôte' ! . .. Flagrantes de sua alma simples, da sua poesia nativa, gos- Quando ingressou em nossa Academia, trouxe o clarão de um talento excepcional e, mercê de Deus, ainda o teremos por muitos anos, agora que, Príncipe dos Poetas, recepe hoje sua corôa simbólica, a qual lhe dá o supremo direito sôbre nos– sas obediências, vassalos que somos daquêle que sabe vencer as desventuras e brandir, como ar:ma, a palavra embelecida e o pensamento prede-stinado, a enfeitar a vida, a iludir a Dor. ))-(( Senhores: - Curvemo-nos ao nosso querido Príncipe, fechemos os olhos, no silêncio maior das orações. Ouçamo-lo ! -54-

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