Revista da Academia Paraense de Letras 1964

REVISTA DA ACADEMI A P ARAENSE DE LETRAS de côr, de crença, de normas literárias e artísticas, porqu: somos homens do povo e somos parte integrante da coleti– vidade, à qual nos cumpre servir, o que fazemos com indi– zível prazer . · Por isso mesmo é que ao prestar homenagem especial aos dois únicos sócios fundadores ainda vivos, sabemos que prestamos uma homenagem especial ao Pará e à sua gente. Paulo Maranhão e Augusto Meira são, de fato, dois autên– ticos representantes do povo : o velho jornalista, o mais ve– lho jornalista vivo da América Latina, até hoje é um in– térprete do povo na Catedral da Luz do Pensamento do Pará - a nossa "Fôlha do Norte" - que podemos chamar de órgão oficial da APL. Augusto 1-',1:eira, mestre de tan– tas gerações, cujos filhos ilustres são mestres de outras no– vas gerações, ex-deputado federal e ex-senador da República, escritor em permanente e admirável átividade intelectual, é também um servidor do povo e transmite, em seus artigos lapidares, os •anseios da coletividade. No decorrer desta solenidade foram entregues três menções honrosas a três jovens escritores de nossa terra : Fernando Tasso de Campos Ribeiro e Luís Paulo ~alrão, êste pela segunda vez distinguido pela APL, poetas moder– nos, o que vem provar, de maneira insofismável, que damos a Cezar o que é de Cezar, proclamamos o valor de quem o tem, pouco nos interessando a escola poética que adote. O que sentimos e premiamos é a mensagem poética que trans– mita. O outro Carlos Alberto Roque, contista, moço, jo– vem com um largo e brilhante futuro à frente. · Meus senhores : chegamos ao fim de nossa festa e temos certeza que o programa a todos agradou plenamente. Os que aqui estão habituados a vir devem ter obser– vado uma modüicação para melhor no auditório com a com– plementação das bancadas acadêmicas. Os que aqui vie– ram pela primeira vez estão sentindo o nosso trabalho e o nosso esfôrço em bem servir à terra no setor que nos cum– pre agir . Temos fé em Deus, meus senhores, de que no pró– ximo 3 de maio de 1964, quando termina o mandato que nos confiaram os nossos ilustres confrades, possa a APL inaugurar a Biblioteca "Acilino de Leão" e o Teatro de Arena e o nôvo auditório, cuja ampliação se impõe, por já ser pequeno para acolher aqueles que nos incenti~am. obras que constituem os pontos principais do programa que tra– çamos. - 294 -

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0