Revista da Academia Paraense de Letras 1964
SAUDADE Tanto tempo já faz, que eu não te vejo, Que não repouso os olhos nos teus olhos, Da vida, no · tropel, por entre escolhos, Para abraçar-te não encontro ensejo. . Solitária em teu mundo, eu te desejo, Um mar de paz, sem ondas, sem abrolhos, A revolver na alma íntimos refolhos, Em tudo eu te pressinto ou te revejo. Eu te sinto na brisa que murmura, No perfume das flor.es e na pura Orquestração dos pássaros que cantam ... No mar, no céu, no espaço, nas estrêlas, Em tudo estás presente, entre as mais belas· Creações do · inundo, que meu ser encantam. 1941. 251 -
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