Revista da Academia Paraense de Letras 1964
REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS para embalar meu sono e os sonhos nas noites tronicais. As pedras, trabalhadas pelo artista, trazem a marca do tempo. Deidades pagãs avançam ameaçadoras, com os seus corcéis de sonho e fantasia. Advenas lançam môedinhas na água azul, maculando-lhe a pureza virginal. Casarões macróbios contemplam indiferentes O cortejo infindável de curiosos, de p·oetas, artistas, bandidos e santos, que por ali desfilam. Roma. Fonte de Trevi. Uma ilusão apenas. Roma, 15.10.1962. Ah! Saudades da Pátria, Quanta vez, desperto embora, sonho contigo ! Longínqua, estás presente, sempre, sempre. ó Helad~, vives tranquila com os teus pastores longe de tantos rumores Que agitam o mundo atual ! O vento acaricia as copas dos cedros gregos Com mãos invisíveis que afagasse·m cabeças virginais ... Serão êles, os cedros, musas transformadas por algum duende antigo, ' em mudos vegetais ? Atenas, 20.10.62. - 250 -
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