Revista da Academia Paraense de Letras 1964

PARIS, CIDADE - LUZ Eu te senti, ó París, em horas de alegria, Mil fogos a explodir em teu céu, multicores, Transbordando em teus parques vi tantos amôres, E o espontâneo clarão que a tua alma irradia. ·Boulevares festivos ! Quanto fulgor amanhas ! Vendôme, Luxemburgo, o Montmartre gracioso, O Sena a te envolver em seu abraço amoroso, E O "metrô" a vibrar, rasgando-te as entranhas ! Os teus parques gelados, o teu céu muito azul, Cité, Vincerines, Louvre e o Triunfo; exul, Vi alegria e saber, glória a jorrar a flux! ... O povo a saltitar no quatorze de julho, Heróis a festejar com tanta fé e orgulho, És do mundo o fanal ! és a Cidade Luz !· París, 1957. Roma.Fonte de Trevi, são 10 horas. Meu Deus, mas quanta gente ! Só para vêr a água cair em cascata A água, muito azul, é um pedaço de céu perdido na terra. A água canta uma canção permanente e suave, própria para embalar. Quanta saudade da minha terra ! e da minha rede branca, com varandas de renda ! Daqui eu só queria levar essa música serena, que brota das águas, •

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