Revista da Academia Paraense de Letras 1964

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS miado. Houve um outro concurso ele poesia no Rio Grande elo Norte, e o poeta premiado foi êle. Estava permanentemente vivo, atuante, colaborando com os seus companheiros na defêsa das tradições do Pará, que êle conhecia e amava como ninguém. Circunstância muito interessante: - é que êle se dava ao prazer de fazer versos de tipo folclórico para as festas juninas do Pará. 11:le fazia então versos de boi-bumbá, de bichos, de aves, e seus versos se incorporavam de tal forma à tradição popular da ci– dade, que dentro de algum tempo nós todos pensávamos que realmente os versos eram folclóricos, embora fôssem em verdade de autoria de Bruno de Menezes, como tive oportunidade de verüicar. Creio que não pode haver consagração mais autêntica para um poeta da sua terra, da sua gente do que essa: ter os seus versos confundidos com a voz das ruas, com a voz anônima do povo, com a voz que canta as tradições e as coisas do seu mundo familiar. 11:sse é o poeta que acaba de falecer em Belém e para quem eu peço· um voto de saudade. - 236 -

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