Revista da Academia Paraense de Letras 1964

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS OSVALDO VIANA Quem o vê, quase sonso, ar inocente, cabeleira a pintor de taboletas, não imagina as multiplas facetas desse espírito irônico e mordente ... Inda há pouco, êle quiz ferrar os dentes do timbó numas míseras folhetas, e o caldo se entornou, ficaram pretas as coisas, o horizonte, rubro e ardente ... Demonstrações de fôrça. . . A tropa toda andou por séc'a e méca, em vi_va roda, transpondo muros e quebrando entraves... E ante o estrupido bárbaro do estoiro, êle se encolhe num silêncio de oiro, fica mudo e fechado a sete "chaves" ... BRUNO DE MENEZES ó Musa, verás por vezes, sob êstes céus tropicais nosso BRUNO DE MENEZES, em bebedeiras astrais, piruetando lá nos ares áureos bailados lunares pelas pontas luminosas de aburnea dindinha lua, que se exibe toda núa nessas coréas nervosas . .. Depois, o vate sapeca passa por nós a sorrir num geitinho de ama sêca Esta, a velhice inda moça ,. que imortal chama conduz ... Luta, faz blague, faz troça, passa coberta de luz ... Ant_e as agruras da sorte, - ·211 -

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0