Revista da Academia Paraense de Letras 1964

REVISTA DA ACADEMIA p ARAENSE DE LETRAS Realmente, muito viveu para esta ilustre Casa, na preo– cupação constante de vê-la cada vez mais engrandecida e, como garimpeiro ambicioso e pertinaz, à procura de homens e nomes capazes de continuar a obra sonhada desde 1889, depois de ex– tinta e gloriosa "Mina Literária", fêz voltar para o seu seio o inolvidável Eustáquio de Azevedo, que dela se afastara imedia– tamente à sua fundação, em 24 de janeiro de 1900, para retor– nar, festivamente, saudado por êle, a 27 de julho de 1929, pas– sando a ocupar a Cadeira patrocinada por Dom Antonio de Ma– cêdo Costa Segundo "Notas e Memórias" de meu inesquecido pro– genitor, apontado pelo mesmo Eustáquio, esta Veneranda Aca– demia somente passou a ter vida continuada depois de agôsto de 1913, e_ isto devido aos esfôrços de Martinho Pinto e Rocha Moreira, cujos nomes declino na homenagem do meu respeito e admiração, devendo-se, entretanto, sua fundação naquêle al– vorecer dêste século, a Alvares da Costa, Enéas Martins e Artur Lemos. Depois de novo adormecimento, e graças a Deus, sua marcha ascencional na vida intelectual e artística do Pará, pode ser marcada a partir de 1928. Desta vez, ainda, por iniciativa de Martinho Pinto e Rocha Moreira, secundados pelo grande Dejard de Mendonça, também hoje aqui vivendo na vossa lem– brança fraternal, e Elmano Queiros, o saudoso teatrólogo pa– raense. SENHORES ACADtMICOS: Não estou pretendendo fazer ou reviver a história da Aoademia Paraense de Letras; sim, porém, naquela volta à Casa· Paterna, que J{le inspirou vosso cativante gesto desta reunião entre irmãos de Ideal de Olavo Nunes, reproduzir aquilo que sempre ouvi de seus lábios e aprendi por suas palavras serenas e sindlras. · Por último, no penhor de meu agradecimento, faço questão de salientar a comovida alegria de presenciar, como elementos destacados desta tertúlia, a Osvaldo Viana e Bruno de Menezes, que sei, envaidecedoramente o afirmo, os dois úl– timos infatigáveis obreiros trazidos por meu Pai, para o seio desta Academia e peço permissão para retratá-los, nêste ins– tante, através dos versos do_próprio Olavo Nunes: - 210 -

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