Revista da Academia Paraense de Letras 1964
REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS por escárnio na cabeça de Jesús, e deverá redimir o mundo atra– vés de uma civilização que periclita, porque esqueceu a sua ori– gem e a sua finalidade. Rute Pamplona não pertence à raça dos declamadores histéricos, gente que chegou correndo das profundezas do infer– no, que vai à procura de uma casa de doidos para dar o seu recado. Não invoca almas do outro mundo. As suas mãos frágeis evitam furar o espaço em desespêro, pois falam suavemente. As vezes, rasgam sulcos de intensa claridade por onde deslizam os nossos pensamentos. Ensinam os linguistas, os glotólogos, que é a mímica, o complemento indispensável da linguagem articulada. Para falar com delicadeza aos corações a mímica diz tudo: é assim Rute Pamplona. - S. - 208 -
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