Revista da Academia Paraense de Letras 1964
REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE 0 DE LETRAS A 6 de dezembro de 1960, quando a APL comemorou, em magna sessão, os 40 anos da vida literária de Bruno de Me– nezes, Jaques Flores recebeu grande homenagem da assistência pelo transcurso dos 25 anos da publicação de seu primeiro li– vro - "Berimbau e Gaita". A 6 de outubro de 1961 propôs um voto de congratula– ções, o que fêz àe maneira brilhante e comovida, pela pas– sagem de mais um Círio de N. S. de Nazaré, que classificou de autêntico festa de Natal da familia paraense, formulando vo– tos para que, no corrente ano de 1962, todos os acadêmicos pudessem participar da grande romaria. A 5 de novembro de 1961 recebeu homenagem do ple– nário do Silogeu por motivo de sua aposentadoria como secre– tário da Policia Civil, quando, ao agradecer, confessou que tô– das as yitórias que tinha alcançado na vida devia ao convívio que sempre manteve com os intelectuais paraenses e, em es– pecial, .com -Os lr!embros da APL. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Pará e da Comissão Regional de Folclore, em ambas as entidades sua ação foi de trabalho e de critério. Boêmio elegante, Jaques era o que todos conheciam: figura indispensável em tôdas as rodas para uma palestra agradável, cheia de humorismo sadio, de análise sensata da vida e de uma ternura lírica por tudo e por todos. Poeta, cronista, ensai~sta, jornalista, em tôdas as pro– fissões foi um homE:_m consc1e~te de suas responsabilidades e um constante animador e entusiasta de tudo quanto se relacio– nasse com a cultura e a arte do Pará. A vida e as obras de Jaques Flores não podem ser ana– lisadas e descritas numa reportagem apenas. Foi uma vida que merece um livro. Pretendemos escrever outra ou outras re– portagens sôbre o grande amigo, grande e leal amigo, à base dos documentos e d-Os elementos que estamos coletando repor– tagens que virão a ~uro quando o tempo permitir. (De "A Província do Pará", de 15-4-62) 156 \
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