Revista da Academia Paraense de Letras 1964

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS quirida pelo Govêrno do Estado, na administração Moura Car– valho. Trata-se de "Apontamentos para a História da Policia Civil do ~ará", livro que faz reviver todo o passado da repar– tição a qual incumbe manter inalterada a ordem e a segurança públicas, e que servirá de roteiro para os que, futuramente, de– sejarem escrever sôbre o mesmo assunto. CRôNICA - MEU MEL DE CANA Jaques Flores confessava que tiveram marcante domí– nio no seu espírito, ,à época de sua mocidade, Eça, Fialho, Ma– chado, Taunay, Jo~é de Alencar, Castro Alves, Gonçalves Dias, Olavo Bilac, e dos nossos, dos que estiveram perto de nós, José Veríssimo, Inglês de Sousa, Terêncio Pôrto, Paulino de Brito, Frederico Rhossard, Jonas da Silva, J. Eustaquio de Azevedo, José Simões e outros. Como começára a escrever versos ? - foi uma pergunta que lhe fêz, em 1~55, Jurandir Bezerra. E Jaques respondeu: "A coisa começou como começa coceira em corpo de qualquer cidadão. A toa. A toa. Quando dei por mim esta– va escrevendo versos. Com entusiasmo. A verdade é que êsse entusiasmo está arrefecendo. O verso é son'ão. E eu, nestes dias de chucro materialismo, apegado as complicações da vida, vejo o sonho por um óculo. Lametitàvelmente, não mais posso sonhar". E numa alegria de menino feliz confessou: "A crônica sempr~ foi o meu mel de cana. Ainda hoje, como eu gosto da crônica". NA AGADEMIA DE LETRAS Eleito sócio efetivo e perpétuo da Academia Paraense de Letras a 17 de abril de 1944, Jaques Flores foi considerado empossado a 17 de fevereiro de 1946, juntamente com outros por propo~t~ de Osval~o Viana. Sua atuação no Silogeu foi sempre eficiente. Quatro vezes seu tesoureiro, outras Diretor da Biblioteca, outras tantas secretário, função na qual morreu sempre pautou seus atos dentro da mais rigorosa honestida~ de. A 20 de setembro de 1959 proferiu na APL brilhante palestra intitulada "l!~ paladino da arte e do sonho", na qual estudou, nos seus mmunos detalhes, a vida e as obras de J Eustaquio de Azevedo. · 155 -

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