Revista da Academia Paraense de Letras 1964
ENSIMESMAR-SE ADALCINDA CAMARÃO Vclta ao poema ? E o amor ? Onde a beleza é beleza se de olhos vedados recebo flores devolvidas ? Quem espero ? Por quem chamo ? Não devo viver se não amo. Não véspera . As vezes, saudades evanescentes . .. Nada que lembre nada na unissonância de vozes que acenam de sepulcros e pântanos . .. É pensamento inconsulto füte como que êxodo amnéstico . .. Que é que há do Deus que eu adoro ? Se o amor é só isto que eu choro, por que eu não amo isto assim neste autismo, quase mito, em que se enreda o momento do momento em que não sou senão sombra de folhagem num muro branco prescrito às s•ombras do que passou ? Maio - 1963. -147-
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