Revista da Academia Paraense de Letras 1964

PAULO ELEUTÉRIO SENIOR Acadêmico MURILO MENEZES O DR. DIONISIO BENTES tinha um amigo dileto,, que estimava desde os tempos da Faculdade. Era o Dr. Manuel Ro– drigues dos Santos, distinto médico natural de Santarém, ho– mem de aparência atlética e que transundava simpatía. Seu pai mandára construir a casa apalaçada, à Avenida São Jerô– nimo, ocupada hoje por uma das dependências da PVEA, e na qual, êle passou a residir. Sendo eleito governador do Estado, Dionísio convidou-o logo para ser Intendente de Belém. A entrada de Rodrigues dos Santos para a administração municipal fez-se sob bons auspí– cios, porque o novo gestor da Comuna era um cidadão de idéias modernas, rico, mas amando a plebe, e procurando socorrer as suas necessidades. A população de Belém estava se acostu– mando a ver no novo Intendente, um administrador excepcio– nal, que se enquadrava bem na fase dourada de honestida– de e produção, 1 que Dionísio havia inaugurado na governança pública. Rodrigues dos Santos ao assumir o seu novo cargo, con– vidou para secretá-lo um amigo com quem tinha convivido em Manáus, o Dr. Crespo de Castro. Durante algum tempo os negócios comunaes da capital paraense correrám em mar de rosas, tal a equipe de estadistas patriotas, que ao lado do Governador se tinha proposto soer– guer a política do Estado. Mas um dia, a parca inexorável entendeu de levar deste mundo o caráter boníssimo e cheio de patriotismo que era o Dr. Rodrigues dos Santos. E o Governador como um preito de homenagem ao seu grande amigo, convidou para Intendente da Cidade, seu secre- -121-

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