Revista da Academia Paraense de Letras 1962

REVISTA DA ACADEMIA P ARAENSE DE LETRAS cliano e substancial. Naqu~le tempo acredit~:amos, co~o acredita a mocidade de hoJe, que a verdadeua mensagem estava em nossas mãos. Depois o peixe frito virou comida de rico. A_ mesa se desfez e os convivas seguiram cada qual o seu_ cammho. O senso da utilidade sobrepujou em alguns o sentido da beleza . Mas os poetas continuaram poetas. Um dia, Jacques Flores, que havia encont1~do em Vespasiano Ramos o desdobr:1men– to de si mesmo surpreendeu-nos com um trabalho sobre a vida e a obra' do vate maranhense, boêmio inteligente e pobre, vivendo para o seu mundo na plenitude do ideal e do desinterêsse . É no prefácio dÊ1sse opúsculo que encontramos a palavra culta e fascinante de Fran– cisco Paulo Mendes : "É quase impossível de acreditar, mas atravessamos, na verdade, uma época de poesia. A vida moderna dramática e heróica, se processa de um modo poé– tico. Sente-se a poesia em tudo e de tudo se extrái a poe– sia, e os poetas, como nunca, se fazem ouvir. Nas suas pa– lavras milagrosas e proféticas estão a ventura, a glória a justiça, a paz e o amor, todo o bem que buscamos em ~ão nêste mundo". Todo o bem que buscamos em vão ? Não. Queira deculpar-nos Francisco Paulo M.~ndes. O nosso Jacques Flo– res _encontrou no r~conheciment? público dos seus amigos, dos seus companheiros, das mais altas autoridades do Es– tado, a ventura, a glória, a justiça, ,a paz e o amor, que êle se~eou como poeta. No retrato, inaugurado ontem na Secre– tana de Segurança, devi:am subscrever a título de legenda u~a ressal_ya : '_'Poeta por vocação e policial por engano" . Eis o que ele foi, e o que êle é. DOM ANTôNIO LUSTOS/\ t.. Antigamente, podia-se falar apenas em Dom Antô . ~is· odada gpent~ sabia a quem se aplicava a referência Era~ºo . po o ara: Dom Antônio de M .. d e . a glória dêste nome num sólio e istce o osta m~nopolizou teligências fulgurantes e ·virtudef pe~r;1. ondedpalpitaram in– Caetano Brandão, cuja tradicão é t r_m~,. esde D?m Frei da mesma língua. J pa rimonm de dois povos -1_0- ;J

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