Revista da Academia Paraense de Letras 1962

• • REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETRAS MINHA MÃE Quando me viste, ó Mãe, partir sàzinho, Teu olhar cheio dágua, amargurado e triste, Bem mostrava a dor que, então, sentiste, Vendo-me apartar, assim, do teu carinho. "Vem cá, "disseste", chega aqui, filhinho , Quero dizer-te um segrêdo; ouve : Tua mãe, tua mãe já não existe, Já morreu, meu fiho", murmurou baixinho. · Minha pobre Mãe se debulhou em pranto, E, no duro travesseiro, chorou tanto, Que dos olhos lhe fugira todo o brilho. Cêdo, envolveu-te a morte em negro véu, Mas sei, que tu, Mãe, acolherás, no céu, As quentes lágrimas que chorar teu filho. (Sem data). (Copiados duma coletânea de recordações). Belém, Março de 1962 . - 71-

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